O crime ocorreu no bairro Cubatão e foi perpetrado por um pescador da região Leste de Joinville
Na noite de 5 de janeiro de 1998, por volta das 22h, João Acácio Pereira da Costa, de 56 anos, mais conhecido como “Bandido da Luz Vermelha”, foi morto com um tiro de espingarda na cabeça dentro de um bar em Joinville.
O crime ocorreu no bairro Cubatão e foi perpetrado por um pescador da região Leste da cidade. Naquela época, o criminoso havia deixado a prisão cerca de quatro meses antes, após cumprir uma pena de 30 anos por assassinatos e assaltos cometidos em São Paulo nos anos 1960.
Conforme relatos de jornais que cobriram o caso, Luz Vermelha morava temporariamente na casa do seu assassino havia aproximadamente dois meses e foi morto após se envolver em uma briga com o irmão do pescador. Este o acusou de assédio sexual à sua mãe e esposa.
Em 2004, seis anos após o assassinato de Luz Vermelha, o pescador, acusado de homicídio qualificado, foi absolvido sob a justificativa de legítima defesa.
Quem era o Bandido da Luz Vermelha
João Acácio Pereira da Costa ficou conhecido como o Bandido da Luz Vermelha na década de 1960, quando ingressou no mundo do crime. Natural de Joinville, nascido em 1942, mudou-se para Santos (SP) ainda na adolescência, iniciando sua carreira assaltando residências na capital paulista. Utilizando um lenço no rosto e portando uma lanterna com lente vermelha, ganhou o apelido em referência a outro criminoso norte-americano com o mesmo nome.
Apesar de ter sido rotulado como serial killer, o Bandido da Luz Vermelha cometeu “apenas” quatro assassinatos de vítimas que teriam resistido aos roubos. No entanto, enfrentou processos por outras sete tentativas de homicídio e mais de 70 assaltos.
Sua história também deixou marcas na cultura, inspirando o filme “O Bandido da Luz Vermelha”, lançado em 1968 e dirigido pelo catarinense Rogério Sganzerla. A música “Rubro Zorro”, da banda Ira!, também faz referência ao criminoso, cuja biografia foi contada no livro “Famigerado! — A História de Luz Vermelha, o bandido que aterrorizou São Paulo”, escrito pelo jornalista Gonçalo Júnior.
Preso em 1967, com um histórico que incluía quatro mortes e 77 assaltos, João Acácio cumpriu sua pena, sendo libertado 30 anos depois. Estabeleceu residência em Joinville, sua cidade natal, onde foi tragicamente morto com um tiro de espingarda em 5 de janeiro de 1998.
Informações retiradas do NSC Total