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Grupo de 220 imigrantes venezuelanos chega a SC

As 56 famílias de refugiados terão o suporte inicial de doações de membros da igreja, que irão bancar aluguéis, roupas, alimentos e itens de higiene e limpeza durante os primeiros três meses no Estado.

A manicure Miladys Cedeno, 39 anos, desceu emocionada do ônibus
Foto: Marco Favero / Diário Catarinense

Depois de um dia de viagem, o grupo de 220 imigrantes venezuelanos chegou a Santa Catarina. Eles saíram às 8h de Boa Vista, capital de Roraima, a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira – FAB, pousaram em Curitiba e de lá viajaram de ônibus e caminhões do Exército até Balneário Camboriú. Chegaram na cidade do Litoral Norte por volta das 21h e foram recepcionados por um jantar na sede da igreja evangélica Embaixada do Reino de Deus.

As 56 famílias de refugiados terão o suporte inicial de doações de membros da igreja, que irão bancar aluguéis, roupas, alimentos e itens de higiene e limpeza durante os primeiros três meses no Estado. Além de Balneário Camboriú, onde ficará a maioria das famílias, outros refugiados serão levados a Itajaí, Itapema, Navegantes, Camboriú e Palhoça. Cada família conta com um casal de tutores ligado à igreja, que irão ajudar na busca de emprego, por exemplo.

Simpatia e esperança

Apesar de um pouco assustados, os estrangeiros chegaram sorrindo com simpatia.

A manicure Miladys Cedeno (na foto), 39 anos, desceu emocionada do ônibus. Ela viveu por um mês nas ruas de Boa Vista com o marido Franklin e os dois filhos, de 10 e 13 anos. Depois a família ainda ficou mais um mês em um abrigo antes de ter a chance de recomeçar a vida em Santa Catarina.

“Só quero trabalhar e que meus filhos estudem e se formem” disse chorando.

Ela se emociona ao lembrar que passaram fome quando chegaram ao Brasil. Para cruzar a fronteira e sair da Venezuela, Myladys e Franklin, que é pedreiro, venderam tudo que tinham.

O casal Mailin Goatache e Alfredo Buriel, de 28 anos, estavam felizes na chegada. Ela é manicure e ele é depositário. Vieram com três filhos, de 9, 5 e 3 anos. Mailin ficou oito meses no Norte brasileiro – um mês vivendo na rua.

Ela diz que só quer um bom trabalho e também poder ajudar quem está lhes ajudando.

Em busca de emprego

Michael Aboud, pastor há 20 anos da igreja evangélica Embaixada do Reino de Deus, em Balneário Camboriú, conta que pelo menos 53 empregos já estão garantidos, priorizando pelo menos um trabalho por família. As vagas foram garantidas por empresas e pequenos negócios que possuem relação com a congregação.

“A gente precisa acordar. Se uma igreja está fazendo essa ação, significa que qualquer pessoa do país pode fazer. Se isso servir para motivar as pessoas, vamos resolver o problema”, comenta o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

Com informações do site Diário Catarinense

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