A instabilidade nos pagamentos de salários dentro das instituições de saúde da região Sul do Estado seguem trazendo transtornos à população. Cerca de 70% dos serviços do Hospital São Marcos, de Nova Veneza, deverão ser paralisados logo nas primeiras horas da manhã de hoje.
Até o momento, apenas metade dos salários dos 60 funcionários foi depositada pelo Instituto de Saúde e Educação Vida – Isev. A decisão da categoria ficou definida no fim da tarde de ontem, após ficar constatado que o restante não havia caído em conta.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região – SindiSaúde, Cléber Ricardo Cândido, esse é um problema antigo que atinge os funcionários que operam pelo instituto. Os serviços de urgência e internação serão mantidos. “Iremos nos reunir logo cedo para definir a escala dos funcionários que ficarão atuando. O objetivo é que eles – Isev depositem o mais rápido possível”, esclarece. No entanto, a previsão é que a greve não se estenda muito.
A direção do hospital informou ontem a noite à reportagem que os valores haviam sido depositados já ao fim da tarde. “A nossa matriz confirmou o depósito, mas não sei se cai ainda hoje (ontem). Acredito que amanhã de manhã (hoje) já esteja na conta deles”, disse o diretor do Hospital São Marcos, Danilo Pavarini. O SindiSaúde também acompanhava os pagamentos do Hospital Materno Infantil Santa Catarina – Hmisc e da Casa de Saúde do Rio Maina, também geridos pelo Isev e com atrasos. Mas, ainda no dia de ontem os valores foram repassados para as instituições.
Greve de quatro horas
Os atrasos de pagamentos da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM também geraram problemas no Hospital Regional de Araranguá. Com os salários atrasados por mais um mês, 70% dos funcionários iniciaram uma greve na manhã de ontem. Por quatro horas, ficaram paralisados os serviços ambulatoriais, administrativos e de suporte da instituição. A mobilização foi suspensa assim que os valores dos atrasados caíram nas contas dos colaboradores.
A decisão pela greve ficou definida em assembleia com os trabalhadores após o problema se repetir. “Os atraso no pagamento vem acontecendo há muito tempo, todo mês. Os trabalhadores entraram em um consenso e decidiram que não iriam mais aceitar isso. Depois nos reunimos e garantimos o abono dessas horas paralisadas, para os funcionários não ficarem sem receber”, afirma Cléber.
Com informações de Denise Possebon / Clicatribuna