Assembleia Legislativa de Santa Catarina será a intermediadora nas negociações
Iniciam na próxima segunda-feira (11), as negociações entre os professores estaduais de Santa Catarina, que estão em greve desde o dia 24 de março, e o Governo do Estado. Uma primeira audiência foi realizada nessa quinta-feira (8), com a presença do secretário de Educação, Eduardo Deschamps, quatro deputados estaduais e o comando de greve do Estado. Neste encontro, conforme o Portal Engeplus, ficou definido uma segunda audiência, que será realizada às 17 horas da próxima segunda-feira, em Florianópolis.
Segundo uma das líderes do movimento grevista e integrante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina – Sinte/SC, Janete Jane da Silva, ficou definido que estará presente na audiência, além do comando de greve, um representante da Assembleia Legislativa de Santa Catarina – Alesc e integrantes da Secretaria de Educação do Estado, incluindo o secretário Deschamps.
“Este encontro já foi uma vitória da categoria. Iniciaremos, efetivamente, as negociações com o Estado na próxima semana. A Alesc será a intermediadora neste processo”, explica. Os professores estão parados há mais de 40 dias. Alguns profissionais já enfrentam dificuldades financeiras por causa dos descontos pelos dias não trabalhados. “Temos professores que não têm o que colocar na mesa para comer. É um absurdo para a educação do nosso Estado”, frisa.
Janete destaca para que os professores não retornem para as salas de aulas, pois as negociações finalmente iniciarão. “Essa vitória é para quem continua na luta, com quem está realmente preocupado com a educação. Mesmo com estas dificuldades por causa dos descontos pedimos que os professores não retornem para as escolas. Vamos enfrentar juntos esta greve”, comenta.
Ainda segundo Janete, se as propostas do Governo do Estado prospectarem, uma assembleia estadual será marcada para a definição dos próximos passos do movimento. “Só retornaremos quando tivermos a certeza de que o acordo será cumprido. Em 2011, voltamos da greve e o governo não cumpriu com o combinado e estamos nessa condição a atual”, lembra.