Dentro de até 40 dias a municipalização do Hospital Regional de Araranguá deverá estar oficializada. Isso é o que garante o Governo do Estado, que se comprometeu com o convênio de repasses para a manutenção da instituição de saúde.
Sendo assim, outubro será o último mês em que a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM prestará seus serviços à instituição de saúde. O hospital agora será assumido pelo município de Araranguá, através do auxílio estadual no valor de R$ 3,6 milhões.
Conforme o secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinubing, esse é o valor atualmente pago para a SPDM para que ela execute a gestão hospitalar. Na segunda-feira (26), o assunto da municipalização do Regional esteve em debate entre Kleinubing e o prefeito de Araranguá, Sandro Maciel. Um novo encontro será realizado nesta semana para definir os próximos encaminhamentos para o desligamento da SPDM e a gestão do hospital em período transitório.
"A municipalização já foi deliberada, só estamos dando os últimos encaminhamentos para a oficialização. Provavelmente na próxima semana já teremos um plano de transição (de gestão) montado. Queremos gerir a manutenção, mas principalmente garantir que o funcionamento e a população não sejam afetados com essa mudança", explica Kleinubing. O secretário de Saúde também garante que, além dos recursos previstos por convênio, os repasses para o Hospital Regional que competem ao Governo Federal serão depositados diretamente ao Município.
Para ele, este é um avanço significativo para toda a região da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense – Amesc. "Há muito tempo o Município tem demonstrado esse interesse. O princípio do Sistema Único de Saúde – SUS é consolidar a municipalização. Será um grande ganho para toda a região", acredita. Em contato com a secretária de Saúde de Araranguá, Rojane Kochhann, ela preferiu não se manifestar ainda sobre o caso, mas não desmentiu a informação.
SPDM confirma saída
No entanto, a empresa gestora já confirmou que deixará a gestão do hospital em novembro. A assessoria da SPDM alegou à reportagem que a direção responsável foi informada sobre a rescisão do contrato no fim da semana anterior e que as atividades serão mantidas até o dia 31 de outubro. Mais detalhes não foram repassados. A empresa SPDM, no entanto, é mais um caso de administradora que vinha sendo alvo de uma série de denúncias trabalhistas.
O rompimento de contrato já vinha sendo solicitado e estudado há anos, devido à difícil relação e à falta de transparência da gestora com os recursos públicos.
Com informações de Denise Possebon / Clicatribuna