Os dados da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), vinculada à SDE, também confirmam a confiança dos empreendedores catarinenses
O Governo do Estado atraiu mais de R$ 45 milhões de investimentos privados neste ano com a habilitação de quatro empresas pelo Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec). Coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), o Prodec concede incentivos à implantação ou expansão de empreendimentos industriais e comerciais que produzem e geram emprego e renda. Com a iniciativa, devem ser criados cerca de 200 empregos diretos e indiretos.
“Estudos já demonstraram a importância dos incentivos do Prodec para o desenvolvimento do Estado, além de proporcionar mais empregos, traz retorno social e econômico e se consolida como instrumento de atração de empresas inovadoras, sustentáveis e de ponta. A expectativa é que, com o retorno das atividades e com o apoio das medidas econômicas, o Estado seja um dos primeiros a retomar o crescimento e a geração de emprego”, avalia o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Celso Albuquerque.
As quatro empresas habilitadas são a Brasil Fabricação de Máquinas e Equipamentos em Garuva; a Confecções Vanelise em Nova Veneza; a Dyx Comércio e Confecções em Brusque, e em Balneário Camboriú a Philozon Indústria e Comércio de Geradores de Ozônio.
“Estamos falando de ações concretas que já estão acontecendo em Santa Catarina e irão movimentar a economia, gerando emprego. Além disso, há empresas sendo abertas e empreendedores que acreditam na retomada”, destaca a diretora de Empreendedorismo e Competitividade da SDE, Letícia Duarte Lemos.
O programa Juro Zero, carro-chefe de incentivo à formalização do Microempreendedor Individual (MEI), teve sua concessão de crédito ampliada de R$ 3 mil para R$ 5 mil neste ano. A iniciativa concedeu quase R$ 13 milhões em créditos em 4.010 operações de janeiro a abril deste ano. Desde 2011, o programa já emprestou quase R$ 300 milhões.
Saldo positivo
Os dados da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), vinculada à SDE, também confirmam a confiança dos empreendedores catarinenses. Entre 1º de janeiro e 3 de junho de 2020 houve um saldo positivo de 41.534 novas empresas no estado. O resultado é 9,8% superior ao mesmo período do ano passado, quanto o saldo era de 37.833 (62.090 empresas constituídas e 24.257 baixas).
Neste ano, o saldo positivo é fruto da diferença das 63.915 empresas constituídas e 22.381 extinções. Outro indicador que mostra o entusiasmo do setor produtivo é que mesmo no período de pandemia, de 17 de março até 3 de junho, o resultado foi de 17.930 novas empresas (27.557 constituições e 9.627 baixas).
Além disso, o mês de maio apresentou importante reação no mercado de gás natural em Santa Catarina: houve um acréscimo de 21,13% no consumo em relação ao mês de abril. Os principais mercados que apresentaram crescimento foram o industrial, com 23,29% de incremento, e o GNV, com 15,05%. Os dados são da SCGÁS.
O economista da SDE, Paulo Zoldan, lembra que a economia estadual fechou 2019, com a geração de 71,4 mil novos postos de trabalho. O número superou os 41,7 mil postos gerados em 2018 e os 29,4 mil em 2017. Neste ano, Santa Catarina manteve a menor taxa de desemprego do país, no primeiro trimestre conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Novos investimentos
Com a chegada de novas empresas ao estado, a expectativa é que esses números se mantenham positivos. Em maio, a multinacional alemã Thyssenkrupp Marine Systems assinou contrato para adquirir o estaleiro Oceana, em Itajaí. O acordo cria a base inicial para a construção das fragatas da Classe Tamandaré para a Marinha do Brasil e deve gerar 800 empregos diretos na região. A entrega dos navios está prevista para o período entre 2025 e 2028. Com mais de seis mil funcionários, a Thyssenkrupp é uma das principais empresas navais do mundo.
Outro investimento significativo é a construção e operação de uma fábrica de biodiesel em Mafra, que será operada pela JBS Biodiesel. Com investimentos de R$ 180 milhões, a unidade utilizará, em larga escala, materiais residuais da cadeia produtiva da Seara, como gorduras de aves e suínos, para a fabricação de biocombustível. Assim que finalizada a fase de obras, em 2021, a operação deve gerar 100 postos de trabalho diretos e cerca de 400 indiretos, contribuindo para a movimentação econômica na região.