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Governadora abre evento sobre controle da febre aftosa em Santa Catarina

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A governadora Daniela Reinehr abriu nesta segunda-feira (23), uma semana de treinamento para manter a segurança sanitária dos rebanhos de Santa Catarina, referência internacional no controle da febre aftosa. Até sexta-feira (27), equipes da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), da Defesa Civil e Polícia Militar de Santa Catarina participam do Simulado de Emergência da doença.

O evento será realizado de maneira virtual por conta da pandemia de Covid-19. Em sua fala, a governadora destacou a importância do evento para a manutenção da competitividade do agronegócio catarinense. A chefe do Executivo estadual enfatizou o trabalho realizado pelos profissionais da vigilância sanitária animal no Estado.

“O status de área livre de febre aftosa sem vacinação é um grande patrimônio de todos os catarinenses e nós precisamos lutar para mantê-lo. Essa é uma realidade construída desde a década de 1960 e que envolveu todos. Precisamos constantemente elevar a qualidade sanitária dos nossos rebanhos e eu faço votos para que este evento sirva para compartilhar o conhecimento nesta direção”, destacou a governadora.

O Simulado de Emergência de Febre Aftosa está sendo organizado pela Cidasc, em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e conta com a colaboração da Organização Mundial de Saúde Animal – OIE e do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária.

Reconhecimento internacional vem desde 2007

Em 2020, Santa Catarina completou 13 anos do reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. Em 25 de maio de 2007, o estado recebeu o certificado da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e desde então se mantém como referência em saúde animal e defesa agropecuária. Na última década, os catarinenses se tornaram os maiores produtores de suínos do Brasil, o segundo maior produtor de aves e o quarto maior produtor de leite – com acesso aos mercados mais exigentes e competitivos do mundo.

“Manter Santa Catarina livre de febre aftosa sem vacinação demanda um esforço gigantesco do setor produtivo, da iniciativa privada e do Governo do Estado. Esse é um grande diferencial do agronegócio catarinense, que garante não só um rebanho mais saudável, mas também um produto de melhor qualidade para os consumidores. Estamos cuidando também da saúde dos catarinenses e daqueles que consomem nossos produtos de origem animal”, ressalta o secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa.

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A certificação da OIE é o maior status sanitário que um estado ou país pode alcançar e demonstra ao mundo, principalmente aos mercados internacionais, que Santa Catarina cumpre todos os requisitos técnicos e que consegue comprovar a saúde de seu rebanho. A febre aftosa é uma das doenças com maior risco sanitário e econômico, por isso alguns países só compram carnes de áreas livres da doença sem vacinação, onde comprovadamente não existe a circulação do vírus e, consequentemente, o controle sanitário é maior.

Simulado

O evento ocorrerá por videoconferência e contará com a presença de 180 médicos veterinários de todo o país, que serão preparados para reagir no caso de ocorrência de um foco de febre aftosa em Santa Catarina. A doença é considerada uma das mais perigosas para o rebanho bovino, com altos índices de letalidade e por isso a reação deve ser rápida.

Em 2021, os participantes terão o Simulado prático, onde serão treinados para reagir de forma rápida e eficiente se houver um caso na doença em Santa Catarina. “Os Simulados são uma forma de atualização e de manter nossos serviços de defesa em alerta constante. Um foco de febre aftosa demanda medidas rápidas e drásticas, que precisam ser treinadas e estudadas a fundo para que a equipe possa reagir de forma adequada. Por isso envolvemos tantas pessoas, para que todos saibam o que fazer e como agir”, explica o secretário Ricardo de Gouvêa.

27 anos sem um foco da doença

O último foco de febre aftosa em Santa Catarina ocorreu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Em 25 de maio de 2007 representantes do Governo do Estado compareceram à Assembleia Mundial da OIE, onde receberam o certificado que fez do estado a única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil.

Manutenção do status sanitário

Para manter o status sanitário diferenciado, os esforços são imensos. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas fronteiras, no estado todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados.

Em Santa Catarina não é permitida a entrada de bovinos de outros estados. Para que os produtores tragam ovinos, caprinos e suínos criados fora é necessário que os animais passem por quarentena tanto na origem quanto no destino e que façam testes para a febre aftosa, exceto quando destinados a abatedouros sob inspeção para abate imediato.

O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância para demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. Continuamente, a Cidasc realiza inspeções clínicas nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. A iniciativa privada também é uma grande parceira nesse processo, por meio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa).

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