Poder Executivo

Governador Colombo apresenta situação financeira e soluções para o Estado

Obras, investimentos, redução de custos e outras situações foram tratadas junto aos gestores públicos municipais, ADRs e imprensa.

O governador do Estado, Raimundo Colombo, apresentou nesta segunda-feira (21) a situação financeira do Governo do Estado e ressaltou medidas que serão tomadas para o fechamento do ano e início do próximo. O encontro aconteceu em Criciúma e Tubarão, reunindo lideranças das três macrorregiões, a Amesc, Amrec e Amurel.

Sem grandes obras para 2017, o objetivo será liberar recursos para as cidades através do Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam). Na sede da Amurel em Tubarão, os deputados estaduais José Nei Ascari, Manoel Mota e Ricardo Guidi acompanharam a explanação das informações detalhadas ao lado do governador. Junto a eles, os secretários das ADRs de Braço do Norte, Rafael Vanz Borges e Laguna, Luiz Felipe Remor acompanhavam atentamente. Aproximadamente 70 pessoas se concentravam no auditório da instituição.

"A crise é nacional. O Estado já mostrou que está muito a frente que outras regiões do país lindando com a situaçao de economia. Em 2017, será um ano complicado, sem grandes obras, mas enfrentaremos este momento e vamos superar", relata o secretário executivo da ADR de Tubarão, Nilton de Campos.

De Braço do Norte, o secretário executivo da ADR, Rafael Vanz Borges ficou contente com o pronunciamento do Governador Colombo, destacando principalmente soluções para a conclusão da paivmentação da Serra do Corvo Branco, entre Grão Pará e Urubici. "Fiquei feliz com as informações do governador. Mesmo com a crise econ^mica, está se buscando alternativas para superá-la. Obras como a Serra do Corvo Branco são de extrema importancia para a região e alternativas foram apresentadas. Acho que o pior já passou. O governo se preparou e agora dará sequencia no ano seguinte", ressalta. 

Dificuldades e desafios

Colombo iniciou sua fala destacando o déficit na previdência. Segundo o governador, uma série de ajustes e a aprovação da reforma são cruciais para o equilíbrio das contas do Governo do Estado, principalmente para os próximos anos. “Neste ano já vamos diminuir cerca de 10% do déficit, hoje em R$3,4 bilhões de reais. Criamos um critério aos novos funcionários que será regido no país inteiro. O servidor continuará se aposentando com o teto de R$5,7 mil. Quero enaltecer o papel dos deputados. Com esta coragem, resolvemos um problema para o Estado e futuras gerações”, ressalta.

O governador ainda destacou a importância da renegociação da dívida dos municípios junto ao Governo Federal. “Pagávamos cerca de R$ 100 milhões por mês e não dava nem para o juros. Agora, sobraram R$ 700 milhões até o momento neste ano. Vamos conseguir honrar com o pagamento em todos os setores do serviço público, como educação e segurança. O problema está na saúde. Aprovamos 12% de repasse e agora não tenho orçamento”, afirma

Sem aumento de impostos.

“A alternativa era aumentar impostos. Não podemos fazer numa hora como essa. O cidadão e as empresas não tem condições neste momento”, relata Colombo. O governador ainda enalteceu que o Estado se tornou um dos mais competitivos do país por essa medida. “Foi o ano mais difícil da minha vida”, destaca.

Reestruturação no Governo

Com as empresas terceirizadas que prestam serviço ao Governo do Estado, não aceitaremos reajustes. Também não vamos iniciar obras de grande porte em 2017. O principal projeto é o Fumdam para ajudar as prefeituras no próximo ano. Temos uma estrutura administrativa e vamos fortalecer isso. Uma reunião amanhã em Brasilia no Banco do Brasil deve viabilizar a liberação de recursos através deste fundo”, lembra Colombo.

ADRs

Após a explanação dessas e outras situações, Raimundo Colombo abriu o espaço para perguntas dos jornalistas. Questionado sobre a estrutura das ADRs, Colombo entende que elas serão mantidas, pelo menos até o final do mandato. “Entendo que a ideia da descentralização é boa e não deve ser deixada de lado. Deve ser remodelado. Conseguimos passar uma série de atividades para essas estruturas, como a manutenção de estradas que estava com o Deinfra. Estamos cortando despesas. Nossa estrutura é bem enxuta e esse debate sobre a manutenção delas será feito fortemente em 2018”, enfatiza.

Saúde e as decisões judiciais

Mesmo com o repasse insuficiente de 12% para a saúde, Colombo foi questionado sobre como deverá superar esta dificuldade. “O SUS é o melhor modelo de saúde do mundo, mas antes tem que ver as decisões judiciais. O Tribunal de Justiça segue o seguinte modelo de análise destes casos: tudo o que for da lista do SUS tem que dar e pronto. Se for fora da lista, o TJ toma a decisão, perante uma junta médica”, declara.

Colombo entende que o SUS não é para todos e, sim para quem precisa. “Um pré-requisito tem que ser através do nível de pobreza da pessoa. Se todos que entrarem com ações ganharem, nunca terá dinheiro que dê conta. Por exemplo, os hospitais pequenos, nesse modelo atual não sobreviverão”, afirma.

Extinção de agências

Outro departamento que será extinto da esfera governamental é a SC Par. “Criaremos a Superintendência dos Portos para administrar as seis estruturas instaladas no litoral catarinense. “Eles assumem a gestão inclusive financeira, com reinvestimento praticamente toda para o porto. O porto será um vetor muito importante para o desenvolvimento do Sul. Nosso sistema portuário tem os impostos mais baratos e o sistema mais barato”, relata Colombo.

Aeroporto de Jaguaruna

Quanto ao Aeroporto de Jaguaruna, Colombo afirma que quer transformá-lo do terminal de cargas do Estado. “Temos registrado um grande crescimento no volume de cargas através do transporte aéreo e o aeroporto de Jaguaruna pode oferecer a estrutura. Com relação a cargas, tem que alongar e alargar a pista. Estou propondo para empresas áreas da Argentina que também utilizem o aeroporto de Jaguaruna”, enfatiza.

Serra do Corvo Branco

Quanto a Serra do Corvo Branco (SC-370), Colombo relatou a situação em três pontos da rodovia e apresentou soluções para alguns impasses. “Segundo a empresa, a pavimentação do trecho até embaixo da Serra está pronta até o final de 2017. Quanto ao restante da estrada, no trecho de cinco quilômetros entre Urubici e Grão Pará, viabilizaremos uma parceria com o Exército Brasileiro. Sobre o trecho de passagem entre a Serra e o Litoral, estamos estudando um modo de resolver esta situação, já que no local houve o deslocamento de uma grande rocha. Segundo engenheiros especialistas no assunto, o modelo mais viável e barato seria um túnel no local”, conta.

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