Kelly Samara Carvalho dos Santos, de 33 anos, morreu após cair do quarto andar de um edifício em Laguna
O inquérito, produzido pela Polícia Civil de Laguna, concluiu que a golpista de luxo Kelly Samara Carvalho dos Santos, de 33 anos, causou a própria morte. Ela foi encontrada sem vida, após cair do quarto andar de um edifício em Laguna, no Sul catarinense, na madrugada de 18 de fevereiro deste ano.
A investigação estudava três possibilidades para a causa da morte de Kelly: homicídio, suicídio ou acidente doméstico. Na época, a golpista mantinha relacionamento com um homem de 52 anos que presenciou a queda. Em depoimento, ele disse que os dois haviam chegado no apartamento por volta das 3h, quando Kelly teria ingerido medicação controlada.
“Consideramos que não houve qualquer indicativo de conduta de terceiro no evento morte. Tudo indica que a falecida se lançou do prédio, ou então, devido ao estado em que se encontrava, após consumo de substâncias ilícitas e de álcool, não tenha conseguido sustentar seu próprio corpo”, informou o delegado William Testoni.
Segundo ele, foram feitas análises completas de imagens, oitiva de testemunhas e perícias no corpo de Kelly e no local do óbito, o que levou a essa conclusão. O inquérito policial foi finalizado em maio e analisado pelo Ministério Público em junho, que pediu pelo arquivamento do caso.
Quem era a golpista de luxo?
Kelly aplicou dezenas de golpes em pelo menos quatro Estados e foi presa cinco vezes. Na última vez em que esteve atrás das grades, em 2012, ela conseguiu fugir do regime semiaberto e desaparecer de Dourados, no Mato Grosso do Sul.
Uma reportagem do Domingo Espetacular, da RecordTV, de 2014, descrevia a golpista como fria, astuta, que usava da beleza e fingia ser de família rica para enganar as pessoas.
Um dos maiores golpes de Kelly foi contra um empresário paulistano, ligado ao mercado de artes plásticas. Depois de um pequeno namoro, ela conseguiu furtar um quadro do pintor espanhol Juan Miró. O prejuízo, na época, foi de pelo menos R$ 40 mil.
Relação difícil com a família
Natural Amambai, no Mato Grosso do Sul, Kelly era filha de pais separados e foi criada pelos avós maternos. Em 2007, pouco antes de ser presa, ela contou à reportagem da RecordTV que a relação com a família não era boa.
“Eu era bagunceira, mas nos estudos levava a sério. Aí eu sempre tive uma briga com a minha mãe e o meu pai. Eu vivia sempre sozinha, porque nunca me deixavam fazer nada”, descreveu.
Com informações do ND+