Saúde

Gerente regional comenta sobre nova morte de macaco e diz que região está em alerta

Foto: Daniel Burigo / A Tribuna / Arquivo

Após um macaco ser encontrado morto na tarde de sexta-feira em Morro da Fumaça gerente regional de Saúde, Fernando de Fáveri, se manifestou sobre o assunto. “Nos comunicaram por telefone. Uma equipe encaminhada confirmou”, sublinha o gerente regional de Saúde, Fernando de Fáveri. É o segundo caso na região, já que houve um registro semelhante em 14 de março, em Criciúma. A ocorrência potencializa os cuidados e a atenção referentes ao avanço dos casos de febre amarela em Santa Catarina. “Vamos fazer uma autópsia neste sábado. Deixamos o macaco no local, sob cuidados, para retirar amostras e verificar a causa da morte”, detalha. O gerente conta que o corpo do animal não apresenta marcas. “Nem de tiros, nem de outra violência. Aparentemente, está em bom estado”, observa.

Uma das preocupações é que o animal morto foi encontrado próximo a uma mata, na rodovia de acesso à localidade de Linha Torrens. “E é nas matas que os mosquitos circulam carregando o vírus da febre amarela. Os mosquitos viajam quilômetros por dia”, recorda o gerente. Vísceras do macaco serão encaminhadas ainda neste sábado ao Laboratório Central (Lacen) para as análises. Os resultados levam algumas semanas para serem liberados, tanto que outro macaco morto encontrado na região – o caso de Criciúma – ainda não apresenta resultado conclusivo para febre amarela. “Teremos esse resultado ao longo da próxima semana”, refere Fáveri.

Ele lembra que o macaco é o primeiro ser vivo vitimado pelo vírus da febre amarela quando o mesmo chega a uma região. “Antes do humano, o macaco é o primeiro. Acaba sendo um aviso importante para a comunidade”, relata. Sobre avisos, Fáveri lembra que é importante a população acionar as autoridades sempre que encontrar um macaco morto. “Quanto mais rápido, melhor”, observa.

Estratégia na região

O gerente regional recebeu a informação sobre o segundo macaco morto enquanto se reunia com o colegiado de secretários de Saúde da Região Carbonífera na tarde de sexta. “Estão todos os secretários avisados sobre o reforço no alarme e na campanha de vacinação contra a febre amarela”, garante. “Os 12 municípios estão a todo vapor trabalhando”, afirma.

Foi repassada a orientação da Divisão de Vigilância Epidemiológica (Dive) de que todos os moradores de um raio de até 500 metros de regiões de mata deverão receber a visita residencial para vacinação contra a febre amarela. “É algo complexo, temos cidades inteiras que precisarão ser atendidas, mas as equipes estão mobilizadas. Em Criciúma, há muitos entornos urbanos com matas onde também haverá esse trabalho”, afirma Fáveri.

O gerente não esconde a preocupação com o risco de uma epidemia avançar por Santa Catarina, incluindo a região. “Estamos com essa possibilidade grande sim, e não vamos ter condições de acomodar tanta gente em hospitais, pois faltarão leitos. Por isso que a vacinação é tão importante”, completa.

A gerência regional de Saúde garante que há doses suficientes para todos. “Muitos municípios já estão intensificando. Em Cocal do Sul, os seis postos estarão abertos neste sábado. Treviso está fazendo as visitas nas residências para vacinar todos da faixa indicada, dos nove meses aos 59 anos”, reforça Fáveri, lembrando que 131 mil pessoas já foram vacinadas na região.

Atualmente, em Santa Catarina há 26 suspeitas de febre amarela em humanos registradas, 25 descartas e um caso de óbito, registrado em Joinville envolvendo um homem de 36 anos. Em macacos, houve 127 registros, com 75 já descartados, 24 não confirmados e 28 aguardando resultados de laboratório.

A semana será de outra campanha. Na próxima quarta-feira, inicia a mobilização de imunização contra a gripe.

Com informações do Portal 4oito

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