Estabelecimentos chegaram a ficar sem gasolina durante os protestos de caminhoneiros
Depois de dois dias com filas e falta de gasolina, ao menos 80% dos postos de Santa Catarina já foram abastecidos, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro). A expectativa da entidade é que, no máximo, até segunda-feira (13) todos os estabelecimentos recebam os combustíveis.
Entre quarta (8) e quinta-feira (9), centenas de postos de combustíveis ficaram sem gasolina devido aos bloqueios nas refinarias por manifestantes. As principais bases atingidas foram as de Guaramirim, Biguaçu e Itajaí.
O risco de desabastecimento, inclusive, fez com que motoristas corressem aos estabelecimentos, o que gerou filas em todo o Estado.
De acordo com o Sindipetro, apenas 20% dos postos ainda estão sem combustíveis. O motivo para a demora na normalização do atendimento é a demanda de pedidos nas distribuidoras, além da logística de entrega. Apesar disso, a entidade alega que não deve faltar gasolina e que, “até o final de sexta-feira (10), mais tardar na segunda-feira (13), será normalizado 100% do abastecimento”.
Na Grande Florianópolis, segundo o Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis Mineirais de Florianópolis (Sindópolis), 90% dos postos já estão com combustíveis. A previsão é de que até sábado (11) a situação esteja normalizada na região.
Por fim, no Litoral Catarinense, o abastecimento está normal. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do Litoral Catarinense e Região (Sincombustíveis), a tendência é de que, aos poucos, o fluxo também se estabilize.
Em Joinville, na manhã desta sexta-feira 95% dos postos já estavam abastecidos, segundo o Sindipetro. A distribuição de gás de cozinha também foi normalizada na cidade, de acordo com o Sinregas-SC (Sindicato dos Revendedores de Gás de Santa Catarina).
Bloqueios em rodovias também foram encerrados
Além das refinarias, manifestantes também bloquearam trechos das rodovias federais e estaduais de Santa Catarina. As interdições começaram no dia 7 de setembro, no feriado da Independência.
Na manhã desta sexta-feira (10), quatro trechos ainda permaneciam com restrições, mas, durante o dia, foram liberados, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
As manifestações, promovidas por caminhoneiros, apoiavam o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O próprio presidente chegou a pedir o fim dos bloqueios e afirmou em um áudio que a ação “atrapalha a economia” e “prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres”.
Com informações do NSCTotal