Funcionários de uma construtora de Criciúma se reuniram, nessa segunda-feria (6), em frente à uma agência bancária, localizada na Avenida Centenário, tentando uma solução para a falta de pagamentos de salários e vencimentos. Conforme os trabalhadores, a empresa está devendo valores referentes aos meses de setembro e outubro. No total são 60 colaboradores afetados e dezenas de obras inacabadas.
A construtora chegou a realizar o pagamento com cheques, porém, ao chegarem na agência bancária, os trabalhadores descobriram que todos estavam sem fundo. Os funcionários estimam que o débito seja de aproximadamente R$ 90 mil.
“Nossas carteiras de trabalho estavam todas com o dono, porém, não ele não fichou ninguém e ainda estava cobrando o INSS. Trabalhamos sem equipamentos de segurança e nem almoço a gente recebia. Agora não conseguimos ter os nossos salários atrasados e nem dar entrada para receber os vencimentos, já que a demissão ocorreu oficialmente”, relatou um dos funcionários, Joarez Machado.
Segundo os operários, o escritório e depósito da empresa estão fechados e os cheques de pagamento estão no nome de outra pessoa. “E não é uma folha de cheque para cada salário. Em um mesmo cheque tem salários de dois, três funcionários juntos”, acrescentou Machado.
Problemas também para clientes
Os problemas também afetam clientes da construtora. Os colaboradores da empresa acreditam que aproximadamente 100 obras estejam em andamento. A aposentada Albertina Martins chegou a realizar a entrada do pagamento para a reforma de uma casa na praia da Barra Velha, em Balneário Rincão.
“Eu nem durmo mais direito. Eu dei uma quantia de R$ 10 mil. Além de não finalizarem a obra, eles ainda destruíram o restante da casa que eu tinha. Derrubaram telhado, arrancaram portas e janelas e deixaram só as paredes. Assinei o contrato em março e me deram um prazo de 30 dias para iniciar a obra e 45 dias para concluir, mas até agora nada. Agora deram um prazo de até sexta-feira retomar a obra”, lamentou.
A reportagem tentou contato com o proprietário e com o gerente da construtora, mas todas as chamadas caíram na caixa postal. Em contato com um dos colaboradores, o dono dos cheques, que não é o proprietário da empresa, prometeu ir até a agência para conversar com os operários e tentar encontrar uma solução.
Com informações de Lucas Renan Domingos / Clicatribuna