A religiosa de 42 anos acusada de agredir fisicamente uma idosa do Asilo Santa Isabel, em Laguna, prestou depoimento ontem à tarde na Polícia Civil e será indiciada nos próximos dias pelo crime de tortura. Uma segunda suspeita de ter praticado o mesmo crime também está na mira das investigações.
A acusada, natural de Goiás, deixou o asilo em janeiro e hoje atua como técnica de enfermagem em um asilo de Nova Veneza. Ela prestou depoimento das 13h às 14h30 na delegacia em Laguna e estava acompanhada de um advogado e duas religiosas da congregação de que faz parte.
De acordo com o delegado Flávio Gorla, a freira se manteve tranquila durante o interrogatório e negou as agressões. Ela atribuiu as acusações a problemas psiquiátricos da idosa de 66 anos que confirmou a denúncia de uma ex-funcionária do asilo. A versão, porém, não convenceu o delegado.
“Vou indiciá-la pelo crime de tortura e pedir uma medida cautelar para que ela não exerça a função de técnica de enfermagem no asilo onde está hoje”, informou Flávio Gorla.
Os crimes teriam ocorrido entre os meses de setembro do ano passado e janeiro deste ano, e eram praticados como forma de castigo. A suspeita não possui histórico de complicações com a polícia ou a Justiça. Além dessa freira goiana, a Polícia Civil agora investiga uma segunda suspeita de agredir idosos. O delegado responsável pelo caso diz que a pessoa ainda trabalha no asilo como funcionária terceirizada.
O Asilo Santa Isabel, localizado no bairro Magalhães, foi fundado em 1949. No ano seguinte, as Irmãs Beneditinas da Divina Providência assumiram a administração e permanecem até hoje à frente da casa. Atualmente o local abriga gratuitamente 37 idosos e os investigadores não encontraram outros indícios de irregularidades no local.
Com informações do site Diário do Sul