O acordo foi encaminhado à Câmara de Vereadores para apreciação na sessão desta segunda-feira, 02.
Após a prefeitura emitir decreto de desapropriação de 34 hectares de área pertencente ao Instituito Leonardo Murialdo (ILEM), 5,1 hectares serão doados ao poder municipal e mais três tornar-se-á área de interesse público
Desde o dia 26 de abril deste ano, a assinatura de um decreto emitido pela prefeitura de Orleans foi motivo de polêmica e alvo de debates e até de uma audiência pública no município. O documento 4.572/2019 tornava de utilidade pública, a fim de ser desapropriado pelo município por via amigável ou judicial, uma gleba de terras (cerca de 34 hectares) de propriedade de Instituto Leonardo Murialdo (ILEM).
Após pelo menos quatro meses de negociações, o impasse ferrenho entre poder público e o ILEM chega ao fim. As partes envolvidas entraram em acordo e definiram que 5,1 hectares serão doados ao município e três hectares tornar-se-ão área de interesse público. O restante será utilizado pela Congregação para a construção de um loteamento, de cerca de 280 unidades.
Além dos três hectares de área pública, a empresa construtora do loteamento assumirá o compromisso de fazer o anel rodoviário de Orleans. De acordo com o prefeito Jorge Koch, os 5,1 hectares serão destinados à construção de um centro de eventos. Já nos três hectares de área pública será construído o centro administrativo do município, com uma nova prefeitura e espaço para as secretarias.
O acordo foi encaminhado à Câmara de Vereadores para apreciação na sessão desta segunda-feira, 02.
Parque cultural
O objetivo da prefeitura é transformar a área onde a cultura já está inserida com a preservação do seminário São José em um grande centro de eventos. “Houve todo aquele imbróglio, agora tivemos a fumaça branca, com acordo entre as duas partes de interesse para ambos. Era um sonho da cidade, ali na região onde já existe a cultura arraigada ao município. Após o recebimento dessas áreas, elaboraremos um projeto arquitetônico, para ter ideia do que vamos construir lá e captar recursos para a construção. Uma concha acústica, pavilhões pra trazer shows nacionais e pavilhões para indústria e comércio”, pontuou o prefeito.