O já tradicional Festival de Dança de Orleans proporcionou ao público que prestigiou o evento duas horas de espetáculo. Aproximadamente 880 pessoas assistiram às 22 coreografias apresentadas por 86 bailarinas da Academia Corpo Total. A 26ª edição do evento foi intitulada de “Uma Noite Especial de Cinema”, sendo inspirada em filmes marcantes, produzidos desde 1930 até os dias atuais.
Apresentaram-se no Ginásio Homero de Mirando Gomes, anexo à Escola de Educação Básica Toneza Cascaes, quatro grupo da academia: Gente Miúda, Kallpa, Trânmatra e Evo. Por haver dançarinas que possuem desde quatro até 22 anos idade, as sensações despertadas no público foram diversas. Houve quem se encantasse com a espontaneidade e graça do grupo infantil e quem se surpreendesse com o talento e ousadia das bailarinas mais experientes.
Entretanto, não foi apenas o público quem se emocionou. Rosimeri Debiasi Niehues, que estava por traz da organização e também das coreografias, contou que, a cada festival realizado, o sentimento de amor pela dança só cresce. “É muito amor envolvido e sensação de dever cumprido. Por isso, sou muito agradecida a Deus, que está sempre me protegendo e iluminando meu caminho; à minha família, pois se não fosse ela, eu não conseguiria chegar até aqui; e às bailarinas, que não se cansam de ensaiar e dançar neste maravilhoso espetáculo que elas nos mostraram hoje”.
Durante os 25 anos trabalhando na realização do evento, a intenção é sempre inovar. A preparação iniciou a partir das férias de julho, juntamente com a ideia do tema. “Eu gosto do espetáculo todo ano. Mas, nas férias de julho, eu pensei que tinha que ser algo diferente. As pessoas tinham que ter vontade de voltar a assistir. Veio então a ideia de músicas que marcaram. Conversando com as meninas, elas sugeriram unir a ideia da música com filme. Assim, optamos por realizar então ‘uma noite especial de cinema em Orleans’”.
As bailarinas da Academia Corpo Total tem a dança como compromisso, sendo algo que marca a vida de cada uma delas. Nathália Silveira Barzan dança há cinco anos, desde os 12 anos de idade. Esta edição do festival de dança, para ela, teve um sabor ainda mais especial. Ela contou que, devido ao início da faculdade, de agora em diante, não poderia mais frequentar as aulas de dança. Entretanto, Nathália não vê o dia como uma despedida, mas sim, como um até logo. “Eu vou sentir muita falta. A dança faz muito bem, para o corpo e para alma. Quando eu parar, terei que dar algum jeito de continuar aliando ela a minha nova rotina”, planejou.
Veja a relação de coreografias apresentadas:
1931 – Luzes da Cidade – bailarinas da Academia Corpo Total
1939 – O Mágico de Oz – grupo Gente Miúda
1952 – Cantando na Chuva – grupo de Dança Kallpa
1961 – Bonequinha de Luxo – bailarinas Carolina Moraes e Nicole Hamn
1965 – A Noviça Rebelde – grupo Gente Miúda
1971 – A Fantástica Fábrica de Chocolate – grupo Kallpa
1987 – As Apimentadas – grupo Tânmatra
1984 – A Bela Adormecida – grupo Evo
1989 – O Fantasma da Ópera – grupo Tânmatra
1990 – Uma Linda Mulher – grupo Tânmatra
1993 – Uma Babá Quase Perfeita – grupo Kallpa
1993 – Os Três Mosqueteiros – grupo Tânmatra
2002 – Chicago – grupo Tânmatra
2001 – Moulin Rouge – grupo Tânmatra
2003 – Piratas do Caribe – grupo Tânmatra
2005 – A Feiticeira – Grupo Kallpa
2008 – A Duquesa – grupo Tânmatra
2010 – A Última Música – bailarina Luana Francisco Querino
2010 – Cisne Negro – bailarinas Carolina Moraes e Nathália Silveira Barzan
2013 – A Menina que Roubava Livros – bailarina Ohana Zomer
2015 – Aqui Tudo é Possível – todas as bailarinas da Academia Corpo Total
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