Foto: Fábio De Pieri/Diário Catarinense
Um assassinato chocou a população de Anitápolis, cidade de pouco mais de 3 mil habitantes na Grande Florianópolis. Valmir Heinz matou o pai, Edulino Heinz, a facadas e golpes de martelo na manhã deste sábado. A residência da família fica em frente à praça da cidade. O filho, de 45 anos, sofre de esquizofrenia e toma remédios para tentar controlar a doença.
O crime ocorreu por volta das 6h da manhã. Uma vizinha disse ter visto Valmir acordado, fumando, por volta das 5h30min. Pouco tempo depois, escutou uma discussão vindo da cozinha da casa ao lado. Segundo ela, neste momento, viu o filho esfaqueando o pai, que tinha 78 anos.
A polícia e o socorro médico foram chamados. De acordo a vizinha, quando outras pessoas chegavam ao local, o filho, que aguardava no quintal de casa, pegou um martelo e voltou a desferir golpes no corpo caído de Edulino. Ele morreu no local.
"Uns dez minutos depois, quando eu cheguei, ele estava saindo como se não tivesse acontecido nada", conta Fábio De Pieri, que trabalha no hospital da cidade, próximo da casa, e correu ao local para ver o que estava acontecendo.
Testemunhas afirmaram que a mãe, que vivia com os dois, estava em choque e aos prantos. O filho já tinha ameaçado de morte a família em outros momentos, atitudes atribuídas à esquizofrenia, mas nunca tinha concretizado nenhuma das ameaças.
Após o crime, Valmir atravessou a rua da praça e começou a andar calmamente em direção à antiga residência deles, a cerca de 18 km da atual. O delegado de Anitápolis foi chamado e prendeu o rapaz no meio do caminho. Ele já tinha caminhado perto de um quilômetro quando foi pego pela polícia. Está preso na delegacia de Santo Amaro da Imperatriz, município vizinho, porque a unidade tem celas.
A família se mudou para a casa onde ocorreu o crime para ficar mais perto do hospital, por causa da doença de Valmir. Ele também recebia atendimento médico uma vez por semana em Florianópolis. A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que dificulta a distinção entre as experiências reais e imaginárias. É uma doença crônica que exige tratamento por toda a vida.
Com informações do Jornal Diário Catarinense