A 22ª edição da festa encerrou nesse domingo, 6
A Festa do Colono de Siderópolis encerrou neste domingo, 6, a 22ª edição do evento, depois de quatro noites de festa, com um saldo de aproximadamente 50 mil pessoas que passaram pela estrutura montada na Piazza Nova Belluno e seus arredores, segundo estimativa da Empresa Todah Eventos, que organizou os festejos. A programação extensa contou com Shows regionais e nacionais, e o mais importante movimentou e integrou a comunidade que esteve presente na venda de alimentos na Praça Gastronômica, nas Olimpíadas Rurais e também do desfile oficial, que aconteceu no domingo de manhã.
O Desfile Oficial contou com a participação de quase 50 alas, entre as autoridades oficiais, comunidades, famílias e entidades do município, que percorreram a Rua Presidente Dutra e Avenida Municipal. No discurso de encerramento, o prefeito Franqui Salvaro fez o reconhecimento a toda equipe que trabalhou na realização, agradecendo ao público presente e aos colaboradores e anunciou uma nova edição do evento para 2024. “Pensamos em fazer de dois em dois anos. Mas devido ao sucesso de tudo que foi preparado com muito carinho por toda a equipe. Siderópolis merece e vamos fazer uma nova edição no ano que vem”, comentou o prefeito.
Para o presidente da Comissão Central Organizadora da Festa do Colono, o assessor de Cultura e Turismo do Siderópolis, Arisson Fabricio Nunes, a festa foi um sucesso de público, de participação, de entrosamento entre as comunidades, entidades e público que prestigiou. “Foram dias de intensa programação cultural e gastronômica. Só temos a agradecer ao Governo Municipal e à Comissão Organizadora, por esse grande evento de resgate e valorização da nossa cultura. De modo especial agradecer a todos que se envolveram, as comunidades e entidades, que trabalharam para que essa festa fosse um sucesso”, comentou Arisson.
Diversão, Tradição, e integração
No sábado à tarde, a festa contou com as Olimpíadas Rurais. Uma competição entre cinco comunidades, que disputaram 12 modalidades, entre mora, bocha de piombo, debulha de milho, corrida de cacho de banana, corrida de carrinho de mão, arremesso de milho, entre outros.
Um dos jogos mais tradicionais, que veio com os imigrantes italiano, foi vencido pela dupla de Agenores da Bairro Vila São Jorge: o Pagagni, de 70 anos e o Mocateli, de 79. Segundo eles, não disputaram uma partida de Mora há seis anos. “Eu estou destreinado. Mas meu parceiro joga muito”, pondera Agenor Pagagni. O motivo pela falta de prática é “a modernidade”. É difícil encontrar alguém que jogue esse jogo. Há antigamente tinha pouco lazer”, constata.
Pagagni lembra que aprendeu a jogar com o pai e que a comunidade “talianada” se juntava no Boteco da Igreja do Rio Morossini. “Chegava a correr sangue dos dedos”, relembra. Para Agenor Mocateli, Mora não tem treino, que aprendeu a jogar aos 65 anos atrás na comunidade de Guanabara em Treviso. “Era passatempo de domingo. Começavamos 10 horas, logo depois do terço e ia até às 8, 9 da noite”, recorda.
A competição inusitada entre as comunidades chegou a atrair olhares de turistas. Como o paulistano Selmo Silva, 52 anos, que veio especialmente para ver a festa a convite do amigo Marcelo Piacentini, 51 anos. Marcelo é natural de Siderópolis, mas mora há 30 anos na capital paulista. “É interessante e original. Diferente do cotidiano”, comentou Selmo, que se divertiu assistindo as provas.
As Olimpíadas Rurais foram vencidas pela comunidade de Montanhão, seguida pela Vila São Jorge e o Rio Kuntz, que ficaram com a segunda e a terceira posição. A premiação foi um leitão, dois galos, uma galinha e garrafão de vinho para o primeiro colocado. Um leitão, uma galinha e garrafão de vinho para o segundo colocado, e o terceiro levou para casa um galo, uma galinha, uma cesta e mais um garrafão de vinho.