Além da tradicional transladação saindo das Carboníferas Catarinense e Belluno, que será neste sábado, 2, outra será feita na segunda-feira, 4, saindo dos sindicatos dos mineiros, aposentados e rural
Milhares de fiéis estão sendo aguardados para a 91ª edição da tradicional Festa de Santa Bárbara e Santa Luzia, que acontece em Barro Branco, Lauro Müller. Protetoras dos mineiros e dos olhos, as duas imagens irão percorrer dois trajetos diferentes este ano, sendo a novidade dos festejos que já iniciaram na última quinta-feira, 30.
Além do tradicional trajeto entre as Carboníferas Catarinense e Belluno e a Capela de Santa Bárbara, as duas santas também farão o trajeto entre o Sindicato dos Mineiros e a capela, e entre o Sindicato dos Aposentados e Pensionistas e o Sindicato Rural e a capela.
“Como este ano a transladação que sai das carboníferas ficou para o sábado, incluímos uma transladação na segunda-feira, 4, Dia da Padroeira e feriado municipal, saindo dos sindicatos, que sempre participaram ativamente das festas”, explicou o coordenador da programação religiosa da festa, Rodrigo Donato Velho.
Segundo ele, neste sábado, após a procissão das carboníferas, a missa acontece às 20h, com o padre Antônio Vander, reitor do Santuário do Sagrado Coração Misericordioso de Jesus, de Içara.
No domingo terá missa às 10h com os padres José Lino e Deonor Vieira.
Na segunda-feira, 4, dia da Padroeira, a missa também será rezada pelos padres José Lino e Deonor Vieira às 10h, logo depois da chegada das imagens. Santa Bárbara saíra da sede do Sindicato dos Mineiros e Santa Luzia inicia a transladação no Sindicato dos Aposentados e Pensionistas e Sindicato Rural.
Durante toda festa haverá serviços de bar e cozinha, além de bailes no salão paroquial. Um bingo também está sendo comercializado com premiações que variam entre automóvel, motocicletas, geladeira e televisão. O sorteio vai ser dia 17, às 16h no salão paroquial de Barro Branco.
História de Santa Bárbara
Santa Bárbara , virgem e mártir, tem sua origem onde hoje está localizada na cidade de Izmit na Túrquia. Viveu no final do século III durante o reinado do imperador Maximiano e era filha única de um nobre morador de Nicomédia chamado de Dióscoro.
É considerada padroeira dos bombeiros e de todos os profissionais que lidam com fogo, também protetora contra tempestades e trovões e dos mineiros . Conta-se que o pai de Santa Bárbara tinha muitos ciúmes de sua beleza e desejava privar-la de conhecer todos os pretendentes que desejavam se casar com ela. Por esse motivo, Dióscoro deixou presa dentro de uma torre.
No entanto, a jovem sempre manifestou a sua fé. Na torre, por exemplo, tinha duas janelas, mas Santa Bárbara pediu que fosse construída uma terceira em honra à Santíssima Trindade. Certa vez, em uma das viagens de seu pai, Santa Bárbara fugiu para ser batizada, mas foi capturada por ele mesmo, que teria executado cortando-lhe a cabeça com uma espada.
Isso aconteceu no dia 04 de dezembro , data em que atualmente a Igreja celebra a sua memória litúrgica.
História de Santa Luzia
O nome de Santa Luzia vem do latim e significa portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a “janela da alma”, nosso verdadeiro canal de luz.
Santa Luzia nasceu em Siracusa (Itália) no fim do século III. Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, a ponto de ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Porém, com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta família, porém, pagão.
Ao pedir um período para analisar o casamento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia propôs à mãe que fossem em romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda e que a cura da grave doença seria a confirmação do “não” para o casamento.
Milagrosamente, foi o que ocorreu logo com a chegada das romeiras e, assim, Santa Luzia voltou para Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimentos pelos quais passaria, assim como Santa Águeda.
Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo oferecer sacrifício aos falsos deuses nem quebrar o seu santo voto, ela teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos. Fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus – Luz do Mundo – até as últimas consequências.
O prefeito da cidade, Pascásio, quis levar à desonra a virgem cristã, mas não houve força humana que a pudesse arrastar. Firme como um monte de granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia é muitas vezes representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo também se mostravam impotentes diante dela, até que por fim a espada acabou com vida tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no ano de 303.
Por Simone Costa/Sulinfoco