Com 138 anos de existência e 164 km de extensão, a malha administrada pela Ferrovia Tereza Cristina (FTC), privatizada em 1997, passa por 14 municípios (Imbituba, Laguna, Pescaria Brava, Capivari de Baixo, Tubarão, Sangão, Jaguaruna, Içara, Criciúma, Siderópolis, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Urussanga e Forquilhinha), conectando o Porto com a Usina Termelétrica e o Terminal Rodoviário.
Importante na região Sul pela contribuição econômica, social e cultural, a Concessionária celebra, nesta quarta-feira, 1º, 26 anos de atuação na região Sul do Estado, com um legado histórico marcado por sua atividade e pelos projetos desenvolvidos junto às comunidades lindeiras.
Desde o início da operação, já transportou mais de 73,7 milhões de toneladas, entre carvão mineral e cargas em geral. De acordo com a diretoria da empresa, “O trabalho da FTC contribui para a melhoria da mobilidade urbana e é uma alternativa que potencializa os diferentes modais. Além de ser uma atividade sustentável e, por sua escala, um transporte ágil e seguro”.
Entre as cidades de Siderópolis e Imbituba, a sua missão é transportar o carvão mineral e as cargas gerais conteinerizadas com segurança e confiabilidade. O carvão, produzido na região Sul de SC, segue pelos trilhos até o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (Diamante), em Capivari de Baixo/SC, e as cargas gerais saem do Terminal Intermodal Sul (TIS), em Criciúma, ao Porto de Imbituba/SC, para prosseguir seu destino ao longo da costa brasileira.
“Nós conseguimos transportar um volume muito grande de carvão, que é importante à geração de energia para nossa região e o Estado de Santa Catarina, além de uma quantidade significativa de cargas gerais. O que contribui, por exemplo, à mobilidade urbana, pois para transportar o mesmo volume que uma locomotiva consegue, seriam necessários, em média, 42 caminhões”, afirma o Gerente do Departamento de Manutenção de Locomotivas, Marcel Dartora.
Nestes 26 anos de concessão, a Ferrovia já pagou, aproximadamente, R$297,7 milhões ao Tesouro Nacional como outorga, arrendamento e tributos. A FTC, também, investiu mais de R$ 84,7 milhões nas melhorias da estrutura operacional ferroviária, o que permitiu que cumprisse as metas com os clientes e o Poder Concedente. O seu funcionamento promove a geração de empregos diretos e indiretos, fortalece a economia e o desenvolvimento, e contribui à realização de ações socioambientais junto as comunidades lindeiras e incentiva o interesse das pessoas por assuntos relacionados à história ferroviária.
Prevenção e segurança
A concessionária atua para reduzir o número de acidentes em passagens em nível e os cruzamentos irregulares, por meio de melhorias na via permanente. O capital investido em responsabilidade socioambiental, saúde, segurança ocupacional e operacional, tem seu trabalho sustentado pelo Sistema de Gestão, que garante, anualmente, pela Organização Internacional de Normatização, as certificações ISO 9001 (Gestão da Qualidade), ISO 14001 (Gestão Ambiental) e ISO 45001 (Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional), o que reforça o compromisso com a satisfação de clientes, acionistas, colaboradores e comunidades, bem como a preservação do meio ambiente.
Os investimentos aplicados ao longo desses 26 anos, foram responsáveis pela redução de 172 para 22,76 no índice de segurança. Ou seja, reduziu 86,76% no número de acidentes.
De acordo com o Gerente de Transporte da FTC, Abel Passagnolo Sergio, a ferrovia se constituiu numa mola econômica às cidades pela qual ela ainda passa: “muitos municípios nasceram e cresceram ao longo da linha férrea. Atualmente, a locomotiva transita no centro da maioria delas. Além de fomentar o desenvolvimento da região, a FTC se preocupa com a comunidade, procurando estabelecer um melhor relacionamento, incentivando a cultura e as práticas esportivas e educativas por meio de projetos sociais,” valoriza.
Para celebrar a data, os colaboradores da FTC realizarão, no mês de fevereiro, uma visita ao Museu Ferroviário, por meio do Projeto de Educação Patrimonial, com o objetivo de reforçar o compromisso da empresa e incentivar a valorização do passado para a preservação e continuidade da história da ferrovia.