Caso, registrado em Araranguá, levou mais de 30 pessoas à delegacia
Revolta e muita confusão. Dezenas de pessoas procuraram a Central de Polícia desde sexta-feira para reclamar que haviam sido lesadas por uma farmácia em Araranguá. Indignados, os clientes afirmaram à polícia, que o estabelecimento supostamente vendia e ainda aplicava vacina contra a gripe A (H1N1). A delegacia ficou lotada e mais de 30 pessoas tinham ido à polícia para reclamar do suposto golpe.
A fraude só foi descoberta depois que, desconfiando da aplicação da vacina e do baixo custo, (algo em torno de R$45), uma cliente pediu para ver a embalagem. Diante da negativa da atendente da farmácia que fazia aplicação do medicamento sem exigir receita médica, a cliente Fábia Ferreira, de 26 anos resolveu procurar a polícia.
Agentes da Divisão de Investigação Criminal (DIC) estiveram no local e sem se identificarem quase acabaram sendo vacinados pela atendente que afirmava se tratar da vacina contra a gripe A.
A atendente da farmácia foi detida e encaminhada à delegacia. Houve muita confusão e, revoltados e descontentes, os clientes exigiam a devolução do dinheiro.
As vigilâncias sanitárias, do Estado e do Município, foram acionadas e estiveram na farmácia. Na oportunidade foi constatado pelas fiscais da saúde, que o estabelecimento não possuía nenhum tipo de vacina e o que estaria sendo aplicado nos pacientes era apenas corticoides e diclofenaco de potássio. A proprietária da farmácia negou a acusação e informou que a aplicação era realizada para os pacientes que afirmavam estar gripados. “Nunca dissemos que era vacina para gripe A,” revelou.
O delegado Jorge Giraldi ouviu o depoimento da atendente e liberou para procedimentos. A Vigilância Sanitária estadual constatou que de forma irregular aconteceu a aplicação de injetáveis e um auto de intimação foi lavrado. A polícia investiga se houve crime contra a saúde da população. Revoltados alguns pais que tiveram seus filhos vacinados ameaçaram linchar o local.
A Tribuna