Trânsito

Fantástico traz reportagem que mostra caminhoneiro de Turvo em manobra “quebra de asa”

Em alta velocidade, o motorista faz com que o caminhão balance de um lado para o outro, tirando as rodas do chão

Uma manobra conhecida por quem circula pelas rodovias brasileiras. O “quebra de asa” é comum para motoristas, exige habilidade e muita sorte. Em alta velocidade, o condutor faz com que o caminhão balance de um lado para o outro, tirando as rodas do chão. A prática foi alvo de reportagem no Fantástico, da Rede Globo, desse domingo, 8. Flagrantes que estão disponíveis no Youtube mostram como motoristas arriscam a vida em manobras arriscadas. Numa das imagens, a prática é realizada por um motorista da Bendo Transportes e Consultoria, de Turvo.

Sem data precisa, o caminhão ultrapassa o veículo onde está a pessoal que filma, retorna para pista principal e balança de um lado para o outro. De acordo com o policial rodoviário Paulo Vargas, do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de Tubarão, esse tipo de flagrante é incomum no sul. “Em outras regiões pode ocorrer, mas aqui não registramos a ocorrência”, disse.

Por estar habilitado, o motorista que for flagrado em tal situação responderá a Lei de Contravenções Penais. O artigo 34 reforça o item de direção perigosa. “Nesse caso, será registrado um Termo Circunstanciado e ele deverá pagar uma pena alternativa”, explicou o policial.

Conforme matéria do Portal Satc, em caso de acidente com vítimas a situação muda. Conforme Vargas, dependendo da gravidade, o caso pode até ser enquadrado como homicídio doloso. “É como um racha, o motorista assume o risco. Quando ele faz uma manobra arriscada está assumindo a responsabilidade”.

A reportagem do Portal Sact, entrou em contato com a direção da Bendo, mas ninguém quis falar sobre o assunto.

Prática traz riscos

Na região sul o “quebra de asa” é uma prática conhecida por motoristas. Há alguns anos, os condutores de caminhões que transportam as aves para as agroindústrias, os populares “frangueiros”, praticavam a brincadeira. “Hoje isso não é mais feito. As carrocerias foram aumentadas e isso inviabiliza a prática. O pessoal também está mais prudente”, ressaltou um ex-motorista de caminhão que prefere não se identificar.

Além de colocar em risco a vida do próprio motorista, a manobra representa perigo para quem circula nas rodovias e pode trazer danos ao caminhão, que tem a estrutura abalada.