Um casal de Tubarão que adquiriu um apartamento na planta da Criciúma Construções fez um protesto de mais de 10 horas na recepção da empresa, em Criciúma, na terça-feira. Os dois compradores fazem parte de uma lista de mais de oito mil pessoas lesadas pela crise financeira da empreiteira, que interrompeu a construção de 45 prédios em 13 cidades catarinenses.
Cinthia Goulart de Godoi e o marido foram até a sede da empresa na tentativa de ver solucionada uma promessa feita há mais de seis meses. Em setembro de 2014, um diretor da Criciúma Construções disse a eles que em até 30 dias iria resolver a situação. Os tubaronenses venderam uma casa para comprar na planta um apartamento no Edifício Alameda Central, em construção ao lado da lanchonete Vagão Lanches, no Centro de Tubarão.
Até o mês passado a Criciúma Construções pagou o aluguel para o casal e os dois filhos, mas a ajuda foi interrompida. Desesperados, eles ficaram 10 horas na recepção da Criciúma Construções à espera de alguma satisfação e só voltaram para Tubarão porque as crianças, de oito e 10 anos, choravam e pediam o retorno para casa.
Conforme o jornal Diário do Sul, em agosto de 2014 o Ministério Público de Santa Catarina ingressou com uma Ação Civil Pública contra a empresa Criciúma Construções e os seus proprietários. Dois meses depois, a empreiteira demitiu todos os funcionários dos canteiros de obras e parte do pessoal do setor administrativo.