Com um problema grave no quadril, que o impossibilita de trabalhar, Beto, como é popularmente conhecido, mora em uma casa no bairro Progresso, em Criciúma, que está prestes a desabar sobre ele, a esposa e os filhos
Com 44 anos e com uma história repleta de desafios, o trabalhador Alberto de Oliveira Ramilo vive um dos capítulos mais difíceis da vida dele. Com um problema grave no quadril, que o impossibilita de trabalhar, Beto, como é popularmente conhecido, mora em uma casa no bairro Progresso, em Criciúma, que está prestes a desabar sobre ele, a esposa e os filhos.
Beto tem duas filhas adolescentes e um filho de 18 anos, com TDAH elevado. A estrutura da residência já foi condenada pela Defesa Civil do município, mas Beto e a família não têm para onde ir. Há três meses, a filha mais nova, no dia do aniversário de 15 anos, sofreu um acidente dentro de casa, quando a madeira do assoalho quebrou, deixando a perna da adolescente presa. Ela precisou ser levada pelo Corpo de Bombeiros para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por conta do ferimento causado no joelho.
Sem poder trabalhar, o vendedor de picolés e cocadas vive atualmente de doações de cestas básicas. Ele diz ter medo de que dê alguma chuva com vento forte que possa fazer com que o telhado desabe sobre a família. “Para mim é muito difícil estar passando por essa situação. Eu sempre trabalhei, desde os meus 12 anos de idade, mas hoje, se eu ainda tenho o que comer, é por causa de ajuda da comunidade. Porque eu estou esperando para entrar na fila de espera para a colocação de uma prótese no meu quadril, que desgastou de tanto eu puxar o carrinho de picolé”, explica Beto.
Com a casa condenada, Alberto procurou a Secretaria de Assistência Social de Criciúma para tentar encontrar uma ajuda. Segundo ele, foi informado de que serão disponibilizadas 18 vagas de aluguel social para a população, em uma fila de espera que já chega a 2 mil. No aluguel social, o poder público disponibiliza o valor de R$ 400 para auxiliar no aluguel de uma residência para quem necessita.
Esperança por meio dos bilhetes
“Na segunda- feira, 21, a assistente social irá vir aqui em casa para averiguar a situação. Mas pelo que eu conversei com o secretário Bruno, são poucas vagas disponíveis para uma população de mais de 200 mil pessoas”, diz Beto. A reportagem questionou o secretário de Assistência Social, Bruno Ferreira, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Ainda de acordo com ele, o que poderia resolver o problema em definitivo seria a reconstrução total da casa. E para isso ele fez uma rifa para tentar arrecadar R$ 50 mil para a reconstrução da residência. Cada bilhete custa R$5. “O inverno está chegando e o frio trará ainda mais dificuldades para nós. Porque nós estamos sem banheiro. E fica muito difícil a situação”, acrescenta Beto.
E para isso ele fez uma rifa para tentar arrecadas R$ 50 mil para a reconstrução da residência. Cada bilhete custa R$ 5. “O inverno está chegando e o frio trará ainda mais dificuldades para nós. Porque nós estamos sem banheiro. E fica muito difícil a situação”, acrescenta Beto.
A casa apresenta fiações antigas e expostas, gerando riscos de curto-circuito. Além disso, as tábuas estão frágeis e prestes a cederem, tanto no assoalho como nas paredes, assim como o telhado.
“Eu sei que a gente está aqui debaixo desse teto sob nossa responsabilidade. A Defesa Civil já nos alertou sobre os riscos de a casa desabar. Mas não temos para onde ir e nem dinheiro para pagar aluguel provisório”, argumenta Beto. Ele afirma que a única maneira de resolver o problema é reconstruir a casa. E quem se propuser a ajudar a família, pode entrar em contato através do telefone: (48) 99822-8384.
Na rifa, serão 10 prêmios sorteados. Confira a premiação completa:
1º: R$ 500 6º: ventilador
2º: micro-ondas 7º: relógio de parede
3º: bicicleta 8º: sanduicheira
4º: relógio de pulso 9º: chaleira elétrica
5º: batedeira 10: liquidificador
O sorteio será realizado na segunda-feira, dia 28 de março, no instagram @ronaldbenedetbarroso. A esposa de Beto, Rose da Rosa Ramilo também pede doações de móveis. “Toda ajuda é bem-vinda”, pontua Rosa.
Um dos filhos dorme no chão, pois a cama estragou e a família não tem condições de comprar outra. “Parte da cama cedeu e o meu filho já estava com dores na coluna. Então a solução foi improvisar alguns colchões no chão para que ele possa dormir”, conclui Beto.