A menina sofre de uma doença rara, chamada esclerose múltipla cerebral, doença auto-imune que ataca o sistema nervoso central.
Na manhã da última terça-feira, mais uma vez a pequena Vitória da Silva de Carvalho, de seis anos, teve de se deslocar de Lauro Müller até Criciúma. Seria uma viagem normal para outra pessoa, porém para Vitória o trajeto se torna uma batalha pela vida. Isso porque a menina sofre de uma doença rara, chamada esclerose múltipla cerebral, doença auto-imune que ataca o sistema nervoso central.
Vitória foi adotada quando tinha nove meses de idade. A mãe, Ivone Aparecida de Carvalho, conta que a doença se manifestou algum tempo depois. “É uma doença que se não tiver o tratamento contínuo os órgãos vão parando. Com certeza apareceu devido ao desleixo e o abandono que ela sofria", afirma.
A viagem até Criciúma desta vez foi em vão. "Nós viemos porque o médico disse que ela está com um coágulo de água no cérebro. Viemos para fazer uma ressonância magnética, mas chegamos aqui depois de mais uma viagem e não tem pediatra e eles preferiram não fazer sem anestesista”, conta a mãe da menina.
A família que já teve de ir até para Lages e Florianópolis para conseguir exames para Vitória reclama da falta de assistência. "A Prefeitura de Lauro Müller ajuda com alimentação e fisioterapia, mas ela não tem como fazer os exames sem uma ambulância ou um carro maior. Ela não está conseguindo mais viajar tanto tempo assim, pois está faz três anos ligada em aparelhos para respirar, e quando viaja eu preciso levar o nosso tubo de oxigênio. A prefeitura está sem ambulância desde o ano passado, quando deu um acidente”, explica Ivone.
Amigos promovem rifa para ajudar a família
No momento, um grupo de amigos está promovendo uma rifa para ajudar a mãe da menina para que possa comprar um carro que consiga transportar Vitória em segurança. “Eu peço que quem puder comprar a rifa que nos ajude, pois ela não pode mais ser levada como a gente está fazendo. Eu já tive que invadir uma casa uma vez, pois se não ligasse os aparelhos ela não ia resistir, isso no meio da estrada”, afirma Dona Ivone.
Hoje, ela faz o transporte da filha no carro do tio da menina, onde precisa ir com Vitória no colo e mais o tubo de oxigênio. Dona Ivone pede que quem puder ajudar a família que doe materiais que a menina precisa, como gaze, ou então que ajude comprando a rifa que está sendo vendida. Para entrar em contato com a família, os telefones são: 3464-7130 ou 8812-1329.
A Tribuna