Assunto foi discutido em sessão da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, dia 2.
A Indicação nº 173/2021, de autoria do vereador Ronaldo da Silva (PP), gerou polêmica durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Lauro Müller nesta segunda-feira, dia 2. Na oportunidade, ele solicitou que o Executivo regularize a falta de materiais de limpeza e de enfermagem nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em todo o município.
“Fomos procurados por alguns profissionais, que pediram para que a gente não divulgue o nome porque estão sofrendo algumas ameaças. Não foi nem em um posto e nem em dois. A falta destes produtos vem prejudicando o bom andamento do atendimento dos nossos postos de saúde. A gente sabe que tem a questão da pandemia e de fornecedores, mas a gente pede para que a Secretaria de Saúde se atenha e que trabalhe com um número um pouco mais elevado de mercadorias”, afirmou.
Com isso, outros vereadores também se pronunciaram, tanto de oposição quanto de situação. Confira:
Ema Hofmann Benedet (MDB) – “Eu também recebi algumas reclamações. Fui até a Secretaria, falei com a secretária e falei com a responsável pela licitação. Devido à licitação demorada como está, estão faltando esses produtos. A secretária se comprometeu a, o quanto mais rápido possível, fazer esta parte de atendimento nas Unidades de Saúde e essas compras que tanto precisam. Tudo depende dessa licitação. É sabido o quanto é morosa e complicada, mas creio que, nesta semana, isso será resolvido”.
Guilherme Coan (PP) – “Também fui procurado por mais de um funcionário das Unidades Básicas de Saúde para falar sobre essas faltas, desde o café, produtos de limpeza, materiais de enfermagem”, afirmou. “São produtos que não poderiam estar faltando em uma Unidade Básica. Então acredito que a gente tem que dar mais apoio, estar escutando mais, verificar se está perto de faltar algum material, porque ali é a ponta, onde o cidadão vai procurar a primeira ajuda. E se não tiver ali as condições técnicas para ser atendido, terá que se dirigir para outro espaço, como hospital, que vai mandar voltar para o postinho. Então a gente tem que dar uma atenção com maior relevância para as unidades básicas”.
Acione Andrade Izidoro (PL), Serraninho – “Esta é uma situação que não pode estar acontecendo. Nós estamos indo para o oitavo mês de gestão e ainda estamos falando de licitação. Este setor que não anda neste governo e atrapalha o desenvolvimento do município, afetando principalmente as pessoas, que são as que mais pagam o preço dessa situação. Então está na hora de a prefeita ver o que está acontecendo neste setor. Não vamos ficar arranjando desculpa até o último dia do mandato com o setor de licitação. Não é só nessa área, tem outras áreas que a gente sabe que o setor está prejudicando as pessoas por causa de licitação. A gente sempre fala que existe a burocracia, mas já deu tempo para se organizar, principalmente quando se fala de saúde. Estamos vivendo um momento difícil de pandemia e isso não pode acontecer. Tem que existir uma programação para que, na hora que estiver acabando, estes materiais já estejam disponíveis, e não esperar acabar para aí então ser licitado”.
Alexsandro Marchioli (PP) – “É até meio chato a gente estar falando sobre isso aqui, porque isso é o básico do básico. Este é o essencial, é a frente de qualquer Secretaria. A gente está indo para o oitavo mês de gestão e falando de licitação ainda. Desde o terceiro mês a gente já falava de licitação e as pessoas que estão lá, pelo que a gente está vendo, estão sempre atrasando. Era para estarmos aqui falando de coisas melhores. Isso é um absurdo, uma vergonha. Parabéns, vereador, pelo requerimento”.
Manoel Leandro Filho (MDB), Nél – “Estão dizendo que existe perseguição, mas, quando se trata de um assunto como este, diga qual é o postinho. Assim a gente pode ir lá e cobrar, ver qual é o problema, chamar a secretária, chamar atenção da Administração Municipal e poder cobrar uma coisa certa. Eu, como vereador, não tive essa reclamação. Estou falando por mim”.
Direito de resposta
A reportagem do Portal Sul in Foco entrou em contato com o Governo do Município, através da Secretaria da Saúde, mas não houve retorno até a publicação da reportagem.