Três militares, de Criciúma, Forquilhinha e Turvo, podem ter ingressado com documento irregular na corporação
Três policiais militares da região estão sendo investigados em inquérito policial militar suspeitos de terem ingressado na corporação com diplomas irregulares do curso de Teologia a distância de uma faculdade de Blumenau. A matriz da unidade de ensino fica em Boa Vista (RR).
Desde 2008 a Polícia Militar exige o curso superior no concurso de formação para soldado.
Os militares atuam em Criciúma, Forquilhinha e Turvo.
Conforme matéria do Clicatribuna, outro aluno da região que está em formação também é alvo das investigações.
A formação da nova turma ocorre em dezembro.
Ao todo são 79 militares, sendo destes, 21 ainda em curso para atuar na PM.
Segundo a coronel Claudete Lehnkuhl, chefe do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar, o inquérito deve ser concluído num prazo de 40 dias.
Certificado antes da conclusão
“Estamos ainda analisando minuciosamente e é muito cedo para afirmações. O curso seria irregular, mas não significa que os militares sabiam disso. Se caso for verificado que os policiais usaram de má fé, correm o risco de serem expulsos, ou no caso de quem ainda está em formação, nem mais ingressar na corporação”, explica.
Alguns receberam o certificado antes da conclusão do curso.
A coronel Claudete reforça que a suspeita seguida das investigações partiu da própria PM.
“Não da Polícia Federal, como parte da imprensa divulgou. Como cada aluno que passa no concurso é investigado, houve esta suspeita de irregularidade. Também tivemos uma denúncia e o serviço de inteligência começou a investigar. O caso foi repassado para a Polícia Federal para que investigue a unidade de ensino, e a corporação está verificando como foi o acesso dos policiais ao diploma”, ressalta.
Mudança de critério
O caso, que veio a tona em nível estadual no início da semana, mudou o critério para ingresso na corporação.
Não será mais aceito certificado, somente diploma.
A oficial acrescenta que não há uma concentração maior de policiais que teriam ingressado com o falso diploma em algumas cidades.
“Há militares de todas as regiões de Santa Catarina”, aponta.
Se ficar comprovado que os policiais não sabiam da falsidade do diploma, eles podem fazer o concurso novamente.
Também há suspeita de que aproximadamente 40 bombeiros tenham ingressado com o certificado falso.
O caso também será enviado à Secretaria de Segurança Pública, Procuradoria Geral da União e do Estado.