Quando Aristóteles, no alto de sua filosofia, disse-nos que todos os homens, por natureza, aspiram ao saber, classificou a ciência em graus de conhecimentos para que pudéssemos filosofar as causas e princípios primeiro da realidade. O filósofo classificou a ciência em três graus: ciências produtivas; o saber que ganha forma na produção de bens, ciências práticas; o conhecimento como meio para ação e com fim moral (a ética e a política), ciências teoréticas; a metafísica, a matemática.
Hoje as classificações das ciências são muito mais abrangentes, porém, Aristóteles, influenciou de forma direta o modo sistêmico de pensar. A filosofia por sua vez, tornou-se parte integrante da formação intelectual, humanística e técnica de diversas áreas do conhecimento humano, basta-nos citar as disciplinas de Ética, Moral, Política e Filosofia que passaram a integrar o currículo dos mais distintos cursos superiores, fomentando a reflexão crítica e iluminando o agir moral dos futuros profissionais das mais diversas áreas.
Não há quem questione a importância da filosofia e da sociologia na formação acadêmica, bem como, o seu valor multidisciplinar. O que está em descompasso é a política “vazia” e materialista que maximiza o saber produtivo, técnico, e minimiza o saber prático reflexivo. Não é por acaso que em muitas instituições de ensino as disciplinas de filosofia e sociologia são sempre as “debutantes” quando o quesito é: modalidades de ensino a distância ou a correspondência.
Não que o ensino a distância seja ineficaz, mas é certamente, uma forma de esfriar o debate em torno de princípios valorativos e morais. O problema não é estudar ética e moral à distância, mas sim, perceber, que ao longo deste percurso, ambas estiveram distantes do processo de formação à distância.
Conexão Capital
O clima na Assembleia Legislativa de Santa Catarina é de eleições. Deputados e assessores se articulam e afinam o discurso. As palavras de ordem são: bases, apoio, voto. Uma gramática nada desconhecida.