Proposta é desenvolvida nas aulas de Robótica e Informática, com alunos de 8 a 10 anos. Alunos já criaram joguinhos.
Gabriel Tomasi Brognoli tem apenas 10 anos, mas já sabe programar um jogo de computador. Claro que é um jogo simples, mas para os pequenos, ver ele em funcionamento é uma vitória. “Eu gostei mais do jogo da webcam, porque tem movimento, é mais divertido”, afirma Gabriel.
O aluno da turma do 5º D não achou complicado a parte de programação. Seguiu direitinho as orientações da Caroline Pickler, fez o passo-a-passo e conseguiu dar vida ao jogo que, conectado a uma webcam, exige agilidade de quem está à frente do computador. “A medida que as figuras vão caindo na tela, o jogador tem que se movimentar e fazer com que elas subam. Pode ser com as mãos ou o corpo”, explica Caroline.
Esse foi o segundo joguinho criado pelas turmas. O primeiro foi o do labirinto, que exige habilidade de quem manuseia o mouse. Conduzindo um boneco, o participante não pode deixar que ele encoste nas laterais do labirinto. “O objetivo é fazer com que a criança tenha contato com a linguagem de programação desde cedo, isso irá ajudar muito nas aulas de robótica porque lá eles precisam programar o robô para realizar tarefas determinada pelo professor”, pondera Andréia.
As iniciativas são uma novidade na Satc em 2015. Informática já era conteúdo inserido nas aulas, mas, desde o início do ano, a disciplina de Robótica com a professora Andreia Mariot Scarduelli e o professor Guilherme Cardoso Cruz passou a ser parte integral do currículo da escola do 1º ao 5º. “Trabalhamos conteúdos específicos com cada turma. Os pequenos usam peças de montar diferenciadas e também os tablets. Já a partir do 3º ano, procuramos estimular também essa parte de programação, junto com a construção de robôs e outros protótipos”, informa Andreia.
As aulas são realizadas uma vez por semana e envolvem mais 550 alunos do ensino fundamental I. Com a programação na Informática, aliada à Robótica, as crianças são estimuladas a desenvolverem a criatividade, o raciocínio lógico e o trabalho em equipe. “Jovens que possuem essas qualidades e que se destacam nas áreas de tecnologia e inovação terão um diferencial futuro. Tudo isso é ciência, é educação, e não há outro lugar para iniciar esse trabalho que não seja na escola”, destaca o diretor da Edutec/Satc, João Luiz Novelli.
Quem se identifica com a Robótica vai além e se inscreve na Oficina Educacional que é oferecida na escola. O interesse e dedicação dos alunos, alguns que ingressaram em 2015, já rendeu resultados positivos. A equipe da Satc conquistou o primeiro, segundo e terceiro lugares na Olimpíada Brasileira de Robótica, etapa estadual, realizada em Criciúma dia 8 de agosto. Os estudantes Gustavo Ricken Fernandes e Luiz Henrique Ferraz Guimarães, que ficaram em primeiro, representarão Santa Catarina na etapa nacional que ocorre entre 27 de outubro e 1º de novembro, em Uberlândia (MG).
Novos projetos
Quem pensa que a programação é o máximo do trabalho com os alunos, está enganado. As professoras têm planos de levar os jogos que foram desenvolvidos em sala de aula para aplicativos em celular. Hoje, eles são disponibilizados apenas no computador.
Uma novidade também será levada para casa no final do ano. Trabalhando de maneira interdisciplinar, está sendo criado um livro por turma. As turmas do 2º ano, por exemplo, receberam como tema o retalho, um pedaço de tecido. “Cada aluno precisou desenvolver uma pequena história sobre algum retalho. Um, por exemplo, falou de um paninho que ele usava quando bebê para dormir”, conta Andreia.
A junção de cada pequena história, trabalhada pelas professoras em sala de aula, se tornará um livro da turma. Nas aulas de Informática, eles estão levando essa história para o computador. Criando molduras, escolhendo letras coloridas, figuras e digitando aquilo que haviam escrito. O livro será finalizado e entregue, de maneira digital, aos pais.
Colaboração: Comunicação Satc
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