Para piorar, projeções não são boas.
O efeito da estiagem em Forquilhinha já atinge cerca de três mil pessoas. Os prejuízos devem ultrapassar a casa dos R$ 3 milhões, de acordo com dados levantados pela Secretaria Municipal de Agricultura, Epagri e Defesa Civil do município. Representantes dos três órgãos se reuniram na manhã desta quinta-feira para avaliar a situação e complementar os dados do decreto de situação de emergência.
São registrados problemas na avicultura, bovinocultura, bovinos de corte, safrinhas de milho e feijão, além das plantações de hortaliças e indústrias. Comunidades do interior estão praticamente sem água nos poços tanto para consumo humano como animal. Já foram, inclusive, relatados problemas de saúde em função da falta de água. “Nos locais onde não há água tratada, o problema se torna ainda maior. Isso reforça a necessidade de levar água da Casan para as comunidades rurais”, comenta o extensionista da Epagri, Joelcy Lanzarini.
Enquanto a chuva não vem, além do decreto de situação de emergência, mais soluções são planejadas para as áreas atingidas. Máquinas da Secretaria de Agricultura estão abrindo poços na tentativa de encontrar água para consumo animal. Um caminhão pipa leva água para o consumo humano nas propriedades rurais. Outra orientação aos agricultores é para que se evite o uso de agrotóxicos próximos dos valos condutores de água, evitando a contaminação.
Projeção – Se a seca persistir, outra cultura pode ser afetada, a de arroz. A preparação do solo para plantio inicia em julho. Como não há previsão de grande volume de chuva, a expectativa não é das melhores. “Os produtores mais idosos contam que desde 1961 não viam tanta seca. Estamos tentando amenizar a situação, e esperamos que logo este quadro mude”, comenta o chefe do setor de Agricultura de Forquilhinha, Adenor Pola.
