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“Estamos indo para um rumo desconhecido”, diz bispo de Criciúma

Em celebração no sábado e em entrevista ao Portal Clicatribuna, Dom Jacinto Flach critica "exclusão de Cristo" dos ambientes do Judiciário gaúcho, de onde crucifixos foram removidos.

A medida que causou polêmica no Rio Grande do Sul, a remoção de crucifixos de ambientes do Poder Judiciário, causa repercussão em Criciúma. Para o bispo diocesano Dom Jacinto Inácio Flach, tal medida é um sinal dos tempos.

"Tem gente que não quer ver o crucifixo. Isso é um sinal forte de que estamos indo para um rumo desconhecido. Essa é uma forma de excluir a presença de Cristo da vida das pessoas", lamenta o religioso.

Dom Jacinto fez um desabafo durante missa que celebrou no final de semana, e reiterou em entrevista ao Portal Clicatribuna. "A sociedade ocidental está negando suas raízes cristãs, e o crucifixo é a representação cristã. Todo o Ocidente foi construído no cristianismo", lembra.

A corrupção reinante é um fator citado por Dom Jacinto como marca de uma sociedade que nega a fé mas não combate os males. "A cruz incomoda, a igreja incomoda, a vida está sendo perseguida. Os filhos das trevas odeiam a luz". Para o bispo, a remoção dos crucifixos é obra "de pessoas que não são do bem. Qual incomodação traz a cruz se nós somos batizados por ela?", questiona.

O religioso conclui dizendo que o crucifixo é, na verdade, sinônimo de vida. "Na época de Cristo havia quem não gostava da cruz também. Eu ficaria apavorado se não visse as pessoas com fé, as o povo ainda tem muita fé", conclui.

A Tribuna – Denis Luciano