Papel do médico é garantir que a SPDM cumpra o contrato e não recuse pacientes, mas ele só pode atuar depois de decisão judicial.
O Governo do Estado enviou, nessa segunda-feira (27), para Araranguá, o médico emergencista do Hospital Celso Ramos e coordenador médico do Samu/SC, Dr. André Ribeiro Mota, com o objetivo de supervisionar a gestão da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM no hospital regional.
O objetivo é que seja restabelecido o atendimento normal no Pronto Socorro. A SPDM contingenciou atendimentos de urgência e emergência após alegar, na sexta-feira (24), que está com falta de suprimentos pelo não reajuste do contrato por parte da Secretaria de Estado da Saúde.
Porém, segundo o secretário-executivo da Agência de Desenvolvimento Regional – ADR de Araranguá, Heriberto Schmidt (PMDB), o Dr. André Mota só poderia atuar no hospital após a concessão de uma liminar, pela Justiça, requerida pelo Estado. O governo pede através da demanda judicial que a SPDM restabeleça os atendimentos.
“Para contingenciar atendimentos a SPDM precisaria notificar o Estado com 60 dias de antecedência, conforme o contrato que vence em maio do ano que vem. Mas, isto não aconteceu. A vinda do supervisor é para acompanhar os trabalhos da SPDM, para garantir que a gestora cumpra o que diz o contrato”, explica Schmidt, esclarecendo que, por ora, a Organização Social – OS administradora continua no comando.
UPA e hospitais absorvem pacientes
O supervisor entrou em contato com os setores de regulação das regionais de Criciúma, Florianópolis, Tubarão, entre outras, para pedir apoio no recebimento dos pacientes graves. “A SPDM chegou a rejeitar alguns pacientes, que foram encaminhados para hospitais de Criciúma e de Meleiro”, comenta o secretário-executivo Regional. A Unidade de Pronto Atendimento de Araranguá – UPA está recebendo o maior fluxo de pessoas e é apoiada pela Central de Regulação de Leitos, no sentido de transferir para outras unidades da Região.
Gerência de Saúde pede lista de itens faltantes
A gerente Regional de Saúde, Patrícia Gomes Jones Paladini, conversou com a gestora do hospital para pedir a lista de medicamentos e suprimentos que estão faltando. A ideia é que a Gerência forneça os itens para que não seja necessário recusar pacientes.
Com informações do Portal DN Sul