Estatísticas vão servir de base para o dia D, que ocorre hoje em todo o Brasil
O Dia D de mobilização contra a Dengue e o Chikungunya ocorre neste sábado em todo o país. Em Laguna, no centro histórico, as equipes do programa de combate à dengue realizarão uma ação de prevenção. O objetivo é alertar sobre a gravidade da doença – para que as pessoas eliminem os criadouros do mosquito em suas casas – e promover a mudança de comportamento.
Em Santa Catarina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da secretaria de estado da saúde confirmou, no fim da tarde desta sexta-feira (6), 92 casos de dengue no estado. Do total, 60 são autóctones (transmitidos dentro do próprio estado), todos infectados em Itajaí (59 residentes no município e um morador de Balneário Camboriú, mas que contraiu a doença em Itajaí).
De acordo com o Jornal Notisul, na cidade Juliana serão entregues materiais informativos por meio dos agentes de endemias. O personagem “Dengoso”, desenvolvido pela equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) da unidade do Mar Grosso, fará uma apresentação musical.
A secretaria de saúde do município possui um laboratório próprio para análises dos focos de mosquito. “Quando temos alguma suspeita já encaminhamos imediatamente ao laboratório e em pouco tempo já temos o resultado”, disse o coordenador do programa de combate à dengue, Marcos Aurélio de Souza. Os municípios da região também utilizam o laboratório quando necessário.
Cuidado redobrado
Todo cuidado é necessário nessa época do ano, período em que a incidência de mosquito aumenta. Limpar o terreno e quintal, além de observar o acúmulo de água em qualquer recipiente é fundamental para combater o mosquito. “Já encontramos foco em tampa de garrafa. Por menor que seja o recipiente é preciso ficar atento”, destaca Souza.
Em março do ano passado, um foco do mosquito foi encontrado na cidade. Desde então, a região é monitorada frequentemente. “Está tudo sob controle. Não há registro, nem histórico da doença em Laguna”, disse.
Trabalho de prevenção
Com o objetivo de monitorar e eliminar o mosquito Aedes aegypti, uma equipe com cinco agentes de endemia e um coordenador monitora cerca de 130 armadilhas e 30 pontos estratégicos espalhados pela cidade, entre eles cemitérios, ferro velho, borracharias e locais de grande circulação próximo à rodovia. A vistoria em armadilhas é realizada de sete em sete dias e os pontos estratégicos a cada 15. Os locais mais propícios ao surgimento do mosquito, ainda conforme Souza, são próximos à BR-101 onde há grande fluxo de veículos, caminhões e ônibus. “Eles costumam vir na carona dos veículos. As praias com muita movimentação de turistas também são propensas”, explica.