Esporte

Esporte muda a vida de jovem de Braço do Norte

Foto: Chênia Cenci/DS

Foto: Chênia Cenci/DS

Aos 18 anos, a atleta Kerolaine Sehnem Rohling tem uma rotina de dar inveja a qualquer um. Para ela não existe tempo ruim e nem sua deficiência é capaz de vencê-la. Ela é paratleta e desde os 16 treina para provas de velocidade para cadeirante.

“Toda semana vou até São Ludgero para treinar junto com outros colegas. Para mim não existem limitações, porque tudo que eu quero fazer eu penso que posso e consigo”, destaca Kerolaine.

Há pouco mais de três anos como atleta de corrida rústica, a jovem realizou seu sonho após receber a doação de uma cadeira especializada para corrida. “Sem a cadeira eu não conseguia participar das competições, e meu sonho se distanciava cada vez mais”, enfatiza Kerolaine. A doação da cadeira foi realizada pela Fundação Nova Vida, através da Secretaria Regional de Braço do Norte, em parceria com a Cooperativa de Eletricidade de São Ludgero (Cegero) e com a empresa Tidão Telas. O equipamento mudou radicalmente a vida da atleta.

Conforme o treinador Vitus Becker, a evolução da Kerolaine é notável até para os que não a conheciam. “Ela se empenha de verdade, com todas as suas forças. Já bateu seu próprio recorde, de atingir 100 metros em 26 segundos. Vejo que ela tem uma grande chance de participar das Paralimpíadas em 2016, no Rio de Janeiro. O fato é que para os deficientes os benefícios da corrida são inúmeros, como a melhoria na qualidade de vida e na sociabilidade”, explica.  

A jovem compete nas modalidades de 200 e 400 metros. “Já cheguei em casa com três medalhas de ouro depois de estar com a cadeira. Antes eu nunca tinha competido e ter ganhado a cadeira mudou a minha vida. Nunca desisti dos meus sonhos e sabia que um dia receberia esse presente”, completa Kerolaine.

Atualmente, Kerolaine mora em Braço do Norte, treina em São Ludgero e compete por Criciúma por falta de patrocínios e incentivos financeiros. “Ela precisa de patrocínio para se encaixar no circuito de competição para ser selecionada para participar das Paralimpíadas, já que depois de estar dentro da equipe todos os custos são bancados pela federação”, diz o treinador.

Para o secretário regional, Roberto Kuerten Marcelino, não existe satisfação maior em ver como a jovem cresceu após receber o equipamento. “Quando o treinador nos procurou para ver a probabilidade de conseguir a cadeira, não pensei duas vezes em dizer que iria tentar todas as possibilidades. Um tempo depois conseguimos entregar, e hoje fico muito emocionado em ver como fez bem a Kerolaine. O governo do Estado é um grande incentivador do esporte”, finaliza.

Com informações do Jornal Diário do Sul