A praia recebe a indicação de imprópria para banho há muitos anos.
Há anos, a Prainha do Farol de Santa Marta, em Laguna, é indicada imprópria para banho em praticamente todos os relatórios de balneabilidade divulgados pela Fundação do Meio Ambiente – Fatma. O assunto foi tratado em reuniões e mais reuniões, mas nada de solução na prática. Contudo, o governo de Laguna iniciou esta semana uma operação que promete muita polêmica: assim como é feito no Mar Grosso, vai fechar todas as saídas de esgoto que desembocam na praia.
Já foram notificadas 60 edificações – entre casas e estabelecimentos comerciais. Todos têm até sete dias para apresentar seus projetos sanitários. Sete já procuraram a prefeitura para regularizar a situação.
Uma empresa de Chapecó procurou a prefeitura para oferecer pequenas estações de tratamento que podem ser adquiridas pelos proprietários dos imóveis. A lacração inicia amanhã. Por se tratar de alta temporada, a ação deve gerar muitas reclamações, já que o esgoto de muitas residências vai começar a voltar. “Não adianta fazer no inverno, quando apenas 20% das casas do Farol estão ocupadas. Seria desperdício de dinheiro público e não daria o resultado esperado”, explica o secretário de planejamento, Rodolfo Michels. “Esse tipo de ação sempre chateia quem é atingido, mas a maioria da população concorda e elogia”, acrescenta o prefeito Everaldo dos Santos.
A fiscalização
No balneário Mar Grosso, a fiscalização dos casos de esgoto clandestino, que desembocam na rede destinada à água da chuva, tem resultados positivos. Foram mais de 200 notificações, 40 prédios com problemas detectados e aplicadas multas que somam mais de R$ 250 mil. A prefeitura também instaurou junto ao Ministério Público um processo de crime ambiental.
Um projeto a longo prazo
O projeto de saneamento básico da Casan prevê a construção de uma estação de efluentes no Farol de Santa Marta. Mas é a longo prazo.