Após denúncias à PM, equipe identificou 46 internos em situação degradante mantidos em um pavilhão.
O Governo de Siderópolis, através da Secretaria de Saúde e de Assistência Social, durante este final de semana, 12, 13 e 14 de março, atuou juntamente com a Polícia Militar e a OAB de Criciúma, para atender os internos de uma clínica clandestina para dependentes químicos, interditada pela Vigilância Sanitária do município, na sexta-feira, após denúncias à PM.
Ao todo foram encontrados 46 internos, em condições degradantes, mantidos em um pavilhão, na comunidade de São Martinho Baixo, em Siderópolis, que só foi encontrado, após o denunciante informar a localização exata do prédio. A partir da interdição, os proprietários da clínica clandestina receberam o prazo de 72 horas para redirecionar os internos para um local adequado.
Uma reunião extraordinária foi realizada na manhã deste domingo, na Prefeitura de Siderópolis, para tratar dos encaminhamentos a partir do término do prazo, tendo em vista que a maioria dos internos ainda permanecem na instituição. Estiveram presentes o prefeito, Franqui Salvaro, o Sargento da Polícia Militar de Siderópolis, Everaldo Martins, a secretária de Assistência Social, Fernanda Frelo Venturini, a fiscal da Vigilância Sanitária, Angela Courinos, e a advogada dos Direitos Humanos da OAB, Valéria Zanette.
A partir do encontro, em concordância com a orientação do MP de Criciúma, o município resolveu auxiliar no trabalho de realocação dos internos. “Apesar da responsabilidade com os internos ser da clínica, desde sexta-feira, estamos empenhados em ajudar. Neste domingo conseguimos os contatos dos familiares e iniciamos o diálogo com algumas famílias. Além disso, nesta segunda-feira, nós vamos contatar com as assistências sociais dos municípios para que auxiliem nesse trabalho. Muitos internos são de outras regiões”, destacou a secretária de Assistência Social, Fernanda.
Durante o final de semana, a Assistência Social, juntamente com integrantes do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), com apoio da PM, realizou visitas ao local e levou alimentos para assegurar que os internos recebam o atendimento adequado até a transferência.
De acordo com o sargento Everaldo, em depoimentos colhidos, a maioria das internações ocorriam sem a autorização do interno, e após a internação alguns deles ficavam até 30 dias sem ter contato com os familiares. Ainda, segundo a PM, a clínica tem sede em Tubarão e não informava aos familiares que os internos eram transferidos para Siderópolis.
Em desdobramento da ação, um dos proprietários da clínica clandestina, foi preso por crime de cárcere privado qualificado.
Com informações do site TNSul