Município ficou entre os cinco melhores do país. Prêmio será entregue em outubro, em São Paulo
Criciúma é uma das cidades brasileiras que está comprometida com a eliminação da hepatite C até 2030. Pensando nisso, a equipe do Programa de Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde desenvolveu um projeto com a finalidade de identificar novos casos no município. A ideia ganhou o prêmio ‘Inimigo número 1 da Hepatite C’, da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), sendo a melhor da região Sul, estando entre Belém (PA), Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG), em nível nacional.
O conceito visa realizar testes rápidos de hepatite C nos 500 pacientes diabéticos que buscam medicação na farmácia judicial de Criciúma, uma vez que indivíduos com hepatite C possuem quatro vezes mais chances de desenvolverem diabetes do tipo 2. O projeto será colocado em prática por 30 dias e os resultados serão apresentados no Congresso Brasileiro de Hepatologia, que ocorre entre os dias 2 e 4 de outubro, em São Paulo. O prêmio é um certificado com reconhecimento de mérito pela SBH e será entregue durante o encontro.
Segundo a enfermeira e coordenadora do Programa de Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde, Fabiana de Brida, os pacientes com diabetes tipo 2 poderão tratar e curar a hepatite C e diminuir as chances de complicações renais e cardiovasculares. “Vários trabalhos demonstram desaparecimento ou redução da resistência à insulina. Existem dados que sugerem menor índice de complicações do diabetes nos pacientes com hepatite C que curaram a infecção viral”, comenta.
Para Fabiana, o prêmio é um reconhecimento do trabalho realizado em Criciúma. “O programa de hepatites virais vem desenvolvendo um trabalho de excelência, este prêmio é um estímulo para fazermos mais ações que contribuam na eliminação da hepatite C”, enfatiza. Além de Fabiana, a equipe é composta pelo gastroenterologista Luiz Augusto Borba, pelas técnicas de enfermagem Terezinha Neves Guimara e Valéria de Souza Vieira dos Santos, pela farmacêutica Rúbia Bresciani e pela assistente social Beatriz da Silva Flor.