A vizinhança precisou se unir para colocar os móveis e eletrodomésticos sobre pedaços de madeira e tijolos e minimizar as perdas.
A chuva pode ter sido boa para a agricultura, mas resultou em prejuízos para muitos moradores do Rio Maina, em Criciúma. A Rua Helena Coral de Girardi foi uma das mais atingidas, com a água chegando cerca de 70 centímetros de altura. A vizinhança precisou se unir para colocar os móveis e eletrodomésticos sobre pedaços de madeira e tijolos e minimizar as perdas.
Morador da casa número 74 há três anos, José Silveira ajudou os vizinhos e a sogra, que mora numa casa aos fundos da dele. “Eu não perdi nada. Minha única preocupação foi com o carro, porque a água foi até a metade da porta. Já a minha sogra teve toda a mobília comprometida. Camas, guarda-roupas, estantes e a mesa foram todas atingidas pela água. Nesse pouco tempo que estou aqui, já aconteceu várias vezes, mas nenhuma foi tão complicada quanto esta. Alguns caminhões ainda passavam e faziam ondas. A gente teve que fechar a rua com uma fita para isso parar”, lamenta Vieira. A sogra dele, Maria Vieira de Campos, mora há 24 anos naquela rua. “Olha que tristeza. Acho que vamos ter que jogar tudo fora. A minha sorte foi que o meu genro veio me ajudar, senão não ia sobrar nada” relata Maria.
Do outro lado da rua, Edício Jorge Gomes, acredita que tenha perdido o freezer e duas máquinas de cortar grama. “Por volta das 15h30min a água começou a subir e já nos preocupamos. Mas aí deu uma aliviada e depois começou a chover bastante de novo. Só deu tempo de levantar algumas coisas. Foi tudo muito rápido. Estávamos só eu e a minha esposa. Moro aqui há 30 anos e foi a primeira vez que veio tanta água assim”, comenta.
A Tribuna
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