Nos últimos 20 anos, 15.414 receberam doação de órgãos no estado conforme a SC Transplantes.
Em Santa Catarina, 625 pessoas estão à espera de uma doação de órgão para realizar o transplante, a maioria (392) precisa de rins. Em 20 anos já somam 15.414 doadores, número que colocou o estado nas primeiras posições do país, ao lado do Paraná, e garantiu a cultura da doação de órgãos.
O transplante salvou vidas de adultos, idosos, jovens e crianças. Enquanto no Brasil a média é de 16 doadores a cada um milhão de habitantes, em Santa Catarina é mais que o dobro.
No estado são 40 doadores por milhão, conforme dados do Relatório Brasileiro de Transplantes 2019. Mas se depender do desempenho no primeiro trimestre desse ano, essa média deve subir ainda mais. Só de janeiro a março já foram 72 doadores.
A região que mais teve doações em 2019 em número absoluto foi o Sul do estado, com 17 até abril. Só o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, foram nove.
Decisão
A decisão final sobre doar ou não é da família. Mesmo se o paciente se declara doador, ela pode recusar. No estado, 70% das famílias estão dizendo sim, conforme o coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade. Mas se trabalha para aumentar o percentual.
“Esses profissionais enfrentam famílias dilaceradas, até elogio as famílias catarinenses”, disse Joel.
Um doador pode salvar até oito vidas. Podem ser aproveitados coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas e intestino. Dentro do fotógrafo Antônio Carlos Mafalda há cinco anos funciona um fígado saudável. Ele descobriu um câncer e soube que a cura não estaria nos remédios. “A primeira imagem do fígado foi terrível. Até, só tem uma saída, o transplante”.
Para quem nunca precisou ou pensou sobre doação de órgãos, a vida te convida. Para a família que já doou, fica o sentimento de que um pedaço de quem já se foi continua vivo dentro de outra pessoa.
E para família que recebe, fica a gratidão. “Eles me deram sangue, me deram plaqueta, me deram um fígado, a minha gratidão aos catarinenses é enorme”, finaliza Mafalda.
Com informações do site G1/SC