Médico explica que a doença é rara e de extrema gravidade, com incidência de um caso a cada dois mil partos.
Apesar de ser um caso de risco devido a idade, uma orleanense de 43 anos define como tranquila toda a sua gestação. Porém, no momento do parto uma rara e grave doença colocou em risco a sua vida e a do bebê. O caso foi constatado em tempo pelo médico obstetra Dr. Richard Coan Cardoso e a história teve um final feliz.
Os ponteiros do relógio marcavam 3h10min da madrugada de quinta-feira (25), quando Dr. Richard foi acionado para avaliar a paciente Rose Cristina Bianco, que havia dado entrada na Fundação Hospitalar Santa Otília – FSHO. O médico constatou que a mulher apresentava fortes dores abdominais e com dificuldade de realizar o parto vaginal.
Diante dos sintomas, Dr. Richard logo suspeitou que poderia se tratar de uma rotura de útero e indicou uma cesariana de urgência. “Durante o procedimento, constatamos que a paciente realmente apresentava uma ruptura de útero. É um caso de extrema gravidade e tudo poderia ter dado errado, mas com a agilidade da equipe médica, sob o olhar de Deus, podemos dizer que a Rose nasceu de novo e ter o pequeno Davi foi um milagre”, declara Dr. Richard.
Ele ainda explica que se trata de uma doença raríssima e de extrema gravidade que acomete uma mulher a cada dois mil partos. “O útero rompe durante o trabalho de parto e pode causar a morte da mãe e do bebê. É uma doença rara e apresenta alta taxa de mortalidade. É preciso muita agilidade nesses casos”, detalha o profissional.
Além do Dr. Richard, o obstetra Dr. Marco Antonio Bertoncini Cascaes, o anestesista Dr. Volnei Coral e a enfermeira Gerusa Alberton fizeram parte da equipe que realizou a cesariana de urgência.
“Estou viva e com meu filho nos braços”, comemora paciente
Com a atuação da equipe médica altamente qualificada, Davi veio ao mundo com 47 centímetros e pesando 2,700 kg. Rose já é mãe de Helena, de 1 ano e 7 meses, fruto de uma fertilização. “A gravidez do Davi aconteceu e foi de forma natural”, relata a mulher. Rose realizou o acompanhamento pré-natal com um médico da cidade de Tubarão e já havia sido orientada a procurar o hospital mais próximo em caso de necessidade.
“Eu comecei a sentir dor na quinta-feira pela manhã e quando ela aumentou procurei o hospital de Orleans, como o médico me orientou. A equipe tentou o parto normal, mas não foi possível. Eu estava sentindo muita dor e não tinha mais forças”, recorda. “Ao perceber que não era possível e da suspeita de um ruptura do útero, os profissionais realizaram uma cesariana. Graças a agilidade e qualificação de toda a equipe estou viva e com meu filho nos braços. Agradeço, de coração, cada um deles”, acrescenta. Rose e Davi receberam alta da FHSO na tarde desta segunda-feira (29).
“O grande orgulho do obstetra é ajudar uma mãe a colocar seu filho no mundo. E fico muito feliz por ajudar essa família. A partir de hoje fazem parte da minha família”, conclui Dr. Richard.
Colaboração jornalista Stéphanie Piava