Sem eventos programados, em virtude da disseminação do coronavírus, clube comemora, hoje, mais um ano. História de glórias e heróis do passado sobrevivem na memória do torcedor.
Com as atividades totalmente paradas, devido à pandemia do coronavírus, o Criciúma comemora, hoje, 73 anos de glórias. Entretanto, as conquistas seguem sendo lembradas e usadas como motivação para quando as atividades forem retomadas. “Gostaríamos de estar já no clima de Campeonato Brasileiro, com a torcida presente, o calor e o embalo da nossa gente e da nossa torcida, mas é impossível hoje. Temos que entender isso. E tivemos que buscar alternativas para que a data não passasse em branco e ficasse registrado principalmente para resgatar a lembrança e os heróis que, segundo reza a lenda, se reuniram na Praça Nereu Ramos, embaixo da sombra da figueira, e fundaram o Comerciário, que se tornou o Criciúma Esporte Clube, e nos dá tanto orgulho”, comenta o diretor comercial e de marketing do clube, Júlio Remor.
Tudo começou na década de 1940. Sem um time de futebol organizado e longe das vilas operárias, rapazes do Centro de Criciúma somente assistiam o futebol de times como Ouro Preto, Atlético Operário e Próspera, formados em empresas mineradoras de carvão na década de 1940. Cansados de serem meros espectadores, onze destes jovens da área central formaram o Comerciário, em 13 de maio de 1947. Dois anos mais tarde, a equipe goleou o Atlético Operário por 6 a 1 e conquistou o primeiro título, o torneio da Liga Atlética da Região Mineira (Larm), repetindo a façanha em 1950 e 1951, chegando ao tricampeonato. A maior conquista, porém, viria apenas em 1968, quando o time, que tinha Valdomiro Vaz Franco no elenco, levantaria o troféu de campeão estadual.
A mudança na década de 70
Em 1978, o então presidente do Comerciário, Antenor Angeloni, propôs mudanças no clube com a intenção de unir a cidade para atingir os objetivos de ser um clube reconhecido em Santa Catarina e no Brasil.
A votação para mudança aconteceu durante a Assembleia Geral Extraordinária do dia 17 de março de 1978, ao final 51 votos para Criciúma Esporte Clube, 24 para Comerciário, um voto nulo, um em branco e três abstenções. O resultado determinou a mudança que passaria a escrever uma nova história no futebol criciumense.
Em 91, a maior conquista do futebol catarinense
Com Luiz Felipe Scolari, começando a ter destaque como técnico, o Criciúma surpreendia o Brasil ao conquistar a Copa do Brasil de 1991. O time não tinha somente Felipão como destaque. Grizzo, Roberto Cavalo, Alexandre, Soares, entre tantos levaram o clube a conquista de forma invicta, após dois empates com o Grêmio na final. Integrante daquele elenco, Vanderlei Mior é o jogador que mais vestiu a camisa tricolor (404 jogos) e também é o artilheiro do clube com 84 gols marcados.
Comemoração nas redes sociais
Sem a possibilidade de reunir a torcida carvoeira, a diretoria organiza celebrações nas redes sociais, especialmente o Facebook e o Instagram. Tudo é guardado a sete chaves para que surpreenda os torcedores. “Amanhã (Hoje) é o dia ‘D’, o grande dia, em que temos que agradecer aos heróis, vamos dizer assim, que tiveram a ideia de fundar esse clube, que se tornou esse gigante e nossa maior paixão. Teremos uma ação virtual, nas redes sociais, que vai mexer com a memória e o coração de muitas pessoas. Faremos também uma ação física, interna, no final do dia, que também será uma surpresa e depois os torcedores poderão acompanhar. Será uma forma da gente fazer, de forma segura, e ressaltar essa data tão importante do clube que é um gigante do futebol brasileiro”, comenta Remor.
Com informações do site TNSul