Pesquisa aponta que a cada 1% de velocidade excedida aumenta em 4% a chance do acidente terminar com morte
Sete pessoas já morreram em acidentes por conta do excesso de velocidade em rodovias federais de Santa Catarina, em 2024. O levantamento foi feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante os primeiros três meses do ano.
Os dados apontam que além das mortes, até aqui, 154 pessoas ficaram feridas e precisaram de atendimento médico em 121 acidentes por conta da velocidade excedida. Em 2023, ao longo dos doze meses, foram 508 acidentes que tiveram como causa principal o excesso de velocidade, com 550 pessoas feridas e 33 mortes.
Conforme Adriano Fiamoncini, chefe de comunicação da PRF/SC, a maioria dos acidentes por esse motivo poderiam ser evitados pelos motoristas.
— Em qualquer situação inesperada o tempo de reação é mínimo. Quanto mais devagar estiver, mais tempo vai ter para tomar uma decisão, frear ou desviar do imprevisto. Às vezes, um acidente que seria sem vítimas, só danos materiais, se torna um acidente com mortes — explica.
Segundo um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a cada 1% de velocidade excedida pelo veículo no trânsito aumenta em 3% o risco de causar um acidente grave e aumenta em 4% o risco do acidente terminar com pelo menos uma morte.
No país, as infrações por excesso de velocidade também aumentaram. Somente nos dois primeiros meses foram 1.625.624 multas aplicadas, 7% a mais que o mesmo período do ano passado, conforme dados do Ministério dos Transportes.
Valores das multas por excesso de velocidade
Velocidade superior à máxima em até 20%: infração média (4 pontos na CNH do condutor) + multa (R$130,16);
Velocidade superior à máxima em mais de 20% até 50%: infração grave (5 pontos na CNH do condutor) + multa ( R$195,23);
Velocidade superior à máxima em mais de 50%: infração gravíssima (7 pontos na CNH do condutor) + multa multiplicada por três (R$293,47×3= R$ 880,41) + suspensão do direito de dirigir.
*Com informações de Walter Quevedo, da NSC TV Joinville e NSC Total