Região Carbonífera soma 5.035 novos postos de trabalho. Município que mais cresceu foi Içara, com 1.609, seguido de Criciúma, com 1.139.
O ano de 2020 foi marcado por muitas dificuldades, principalmente no âmbito social e econômico. Embora muitas pessoas estivessem em busca de oportunidades para melhores condições em todo o país, em contrapartida, o Estado de Santa Catarina foi o que mais gerou empregos com carteira assinada no Brasil, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged). Na Região Carbonífera (Amrec), os 12 municípios contabilizaram 5.035 novos postos de trabalho. Apenas uma cidade teve saldo negativo.
A cidade que mais gerou empregos na Região Carbonífera foi Içara, com um saldo positivo de 1.609, seguida de Criciúma, com 1.139, e Urussanga, 680. O único município da Amrec que apresentou um número negativo foi Cocal do Sul, com três postos a menos de trabalho. Em Santa Catarina, assim como na região, o melhor resultado veio do setor industrial, com 24.452 mil novos empregos. Na sequência, no Estado, aparece o setor de serviços, com 17.776 mil e, em terceiro lugar, o comércio, com 7.141. A construção civil e a agropecuária chegam a 2.051 e 630, respectivamente.
Economia diversificada gera empregos
Caracterizada por ser uma região com a economia diversificada, o saldo positivo de empregos se torna uma consequência referente à vocação da Amrec. “A indústria e a construção civil são dois fatores importantes que empregam muitas pessoas, geram desenvolvimento, então é importante ressaltar esses setores”, comenta o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin.
Nem todos os municípios Brasil afora conseguiram manter o crescimento como o obtido pela Região Carbonífera no ano passado. “Nós avaliamos como muito positivo, apesar de ter sido um ano atípico com a economia sofrendo em alguns meses, felizmente, houve uma grande recuperação, principalmente no segundo semestre. Assim, conseguimos fechar com mais de cinco mil novos empregos na Amrec, é um número a ser comemorado, tendo em vista outras regiões, a gente se destacou bastante”, acrescenta Dagostin.
Setores não pararam produção
O diretor executivo da Amrec, Vanderlei Alexandre, o Lei, avalia que mesmo em ano de pandemia, as empresas da região não pararam, e sim, aumentaram a produção. “Na nossa região, a gente pôde constatar que muitas empresas tiveram dificuldades em contratar mão de obra, principalmente qualificada para diversos setores. Eu acredito que, de uma forma geral, os empresários conseguiram ter uma boa desenvoltura na questão da continuidade do trabalho, não tivemos paralisação como em algumas regiões do país que pararam por bastante tempo. A nossa região é concentrada de empresas do agronegócio, de exportação e isso que garantiu esse aumento de vagas de emprego”, enfatiza.
Projeção positiva para 2021
O presidente da Acic acredita que neste ano o crescimento da região será ainda maior e se consolidará, tendo em vista as novas reformas que estão sendo discutidas, como a tributária e a administrativa, além da chegada da vacina contra o coronavírus (Covid-19) e a estabilidade quanto à pandemia.
“Para o ano de 2021, tudo indica que a nossa economia será consolidada. Como é muito diversificada, com muitos setores, todos estão em busca de profissionais, têm muitas vagas de empregos abertas, isso é um bom sinal. No banco de talentos da Acic, nós temos mais de mil vagas a serem preenchidas e a gente percebe nos meios de comunicação da região vários empregos sendo oferecidos”, finaliza.
Crescimento a nível estadual
Não foi só a Região Carbonífera que cresceu, Santa Catarina foi o Estado que mais gerou empregos formais no ano passado, com um saldo positivo de 53.050 vagas com carteira assinada. Os dados foram confirmados pelo Caged, através do Ministério da Economia. O número anunciado representa 37,1% do total de empregos criados em todo o Brasil.
Em 2020, Santa Catarina teve 1.052.937 admissões e 999.887 demissões. No mês de dezembro, o saldo ficou negativo em 11.677 vagas. O último mês de ano normalmente registra mais demissões que admissões por conta da extinção de empregos temporários criados em meses anteriores.
Com informações do site TNSul