A maioria que disse precisar de atendimento ou condições adaptadas para votar este ano é do sexo masculino
No próximo dia 2 de outubro, 32.623 eleitoras e eleitores catarinenses que se declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida vão às urnas, o que equivale a 0,59% dentro de um eleitorado de mais de 5,4 milhões de pessoas em Santa Catarina.
Nesta terça-feira (21) foi comemorado no Brasil o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. O dia especial buscou conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
Em comparação com as eleições gerais de 2018, o número de votantes que declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade cresceu 53%. Há quatro anos, 19.219 afirmaram se encontrar em uma dessas situações.
No comparativo com as eleições municipais de 2020, o crescimento foi de 28%. Na época foram 22.922 que se declararam nessas situações.
Deficiência na mobilização
Do total de 29.410 eleitoras e eleitores catarinenses, 13.192 (40,44%) declararam deficiência de mobilização, enquanto 8.112 (24,87%) informaram ter algum tipo de deficiência, mais 5.795 (17,76%) disseram ser deficientes visuais, e mais 4.187 (12,83%) com alguma deficiência auditiva. Por fim, aqueles que declararam dificuldades para o exercício do voto foram 1.337 (4,1%).
A maioria dos eleitores catarinenses com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida e que disseram precisar de atendimento ou condições adaptadas para votar este ano é do sexo masculino (com 16.880) e 15.743 do sexo feminino.
Segundo o cadastro eleitoral, o Brasil tem 427.729 (30,47% do total deste eleitorado) votantes com deficiência de locomoção; 186.647 (13,3%) com deficiência visual; e 111.813 (7,97%) com deficiência auditiva.
O Estado de São Paulo é a unidade da federação com maior número de eleitoras e eleitores com alguma deficiência: 456.846.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que os eleitores e eleitoras nessa situação podem exercer o voto em seções adaptadas pela Justiça Eleitoral para suprir as respectivas necessidades. Todas as urnas eletrônicas têm condições de atender pessoas com deficiência visual.
Além do uso do sistema Braille e da identificação mais evidente da tecla “5” no teclado da urna, também serão disponibilizados fones de ouvido para que pessoas cegas ou com baixa visão recebam sinais sonoros com a indicação do número escolhido e o retorno do nome da candidata ou do candidato por meio do uso de voz sintetizada.
Para promover a inclusão social e facilitar o voto de pessoas com deficiência auditiva, foram instalados novos recursos de acessibilidade nas urnas eletrônicas. Os equipamentos contarão este ano com tradução para a Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Além disso, um vídeo feito por uma intérprete de Libras será apresentado em todas as 577.125 urnas eletrônicas preparadas para o pleito, indicando, para a pessoa votante, qual cargo está em votação no momento, nesta sequência: deputado federal, deputado estadual ou distrital, senador, governador e presidente da República.
Com informações do ND+