Esse tratado contribuiu significativamente para o reconhecimento do Estado de Israel
Foto: Humanidades.com
Se pegarmos livros de história e lermos mais aprofundadamente sobre a região do Oriente Médio, veremos que ela é palco de conflitos e guerras há muitos anos, sejam eles motivados por domínios territoriais, crenças religiosas, questões econômicas ou razões ideológicas. No dia 17 de setembro de 1978, ocorreu um fato que marcaria a história do Oriente Médio: o acordo de paz assinado em Camp David, em Washington, nos Estados Unidos. Nele, estavam envolvidos o presidente do Egito na época, Anwar Sadat, e o primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin, com a mediação do presidente dos EUA, Jimmy Carter.
Nas negociações secretas, estavam em jogo questões territoriais envolvendo a Palestina, bem como o reconhecimento de seu povo. Também foi acertada a criação de uma autoridade autônoma na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Esse tratado foi fundamental para estabelecer um clima de paz entre Egito e Israel, o que levou, um ano depois, em 1979, à criação de um novo acordo, onde a área da Península do Sinai foi devolvida ao Egito e houve o reconhecimento recíproco entre ambos os países.
Durante o processo do acordo, o presidente Carter se reunia separadamente com Menachem e Anwar em Camp David (um lugar tranquilo e ideal para conversas desse nível) com o intuito de discutir as propostas de cada um. Houve momentos em que ambos os lados ameaçaram abandonar as negociações, mas o presidente americano conseguia reverter a situação e fazer com que os dois líderes permanecessem no local. Após 12 dias de intensas negociações, finalmente chegaram ao acordo desejado.
Esse tratado contribuiu significativamente para o reconhecimento do Estado de Israel, pois, logo após isso, muitos outros países árabes começaram a considerar a possibilidade de criar relações de paz com Israel. Embora ainda houvesse alguns pontos de tensão entre os países vizinhos do Egito e Israel, vale destacar que ele contribuiu para a redução no surgimento de novos conflitos envolvendo países da região. Até os dias atuais, esse tratado está em vigor. Por muitos estudiosos, ele é citado como uma “paz fria”, pois ainda ocorrem tensões menores entre pequenos grupos, principalmente na região da Faixa de Gaza. Entretanto, ambos os países continuam engajados no propósito de reconhecer e buscar constantemente a paz em seus territórios.
Fontes consultadas: https://bbc.com ,https://g1.globo.com ,https://pt.wikipedia.org
https://www.infopedia.pt
Texto escrito por Thiago Fontanela