As aulas reiniciarão e com elas uma nova etapa na vida de milhares de crianças, jovens e adultos que buscam nos bancos escolares, na sabedoria dos mestres e no convívio social o seu crescimento pessoal, profissional e intelectual. Será que nossas escolas prepararam-se adequadamente para o grande desafio imposto pela sociedade atual e assim atender o novo perfil de aluno, esta nova geração que já não mais aceita simples conteúdos repassados, mas sim quer conhecimentos ressignificados e reorganizados? Será que os mestres se dão conta que estão diante de novos perfis estudantis, diferentes colegas de trabalho, problemas imprevisíveis, alegrias, ansiedades, enfim uma diversidade de fatores que impõem competência e sabedoria para procurar entender tudo e a todos?
A escola do século XXI precisa ter novas ideias, projetos ousados e planos diversificados para ser um lugar prazeroso e eficaz, onde nossos jovens e crianças buscam apoio na caminhada para realização dos sonhos que embalam e sintam-se seguros disso. Os caminhos para a integração do ser humano com toda a sociedade, sua evolução, sua situação, progressos, enfim, a vida em todas as suas dimensões, encontram-se na educação. O professor é a alma da instituição, por isso tem de ter liderança, carisma e empatia para levar seus alunos a entenderem, perceberem e experimentarem.
O ensino tem uma nova concepção, clama por competência profissional porque ser professor hoje é ser responsável pela condução do “aprendiz” (o aluno) na interação com o conhecimento. É preciso ensinar a aprender. É triste saber que ainda existem professores que pararam no tempo, continuam ensinando da mesma forma como faziam há décadas, como se o mundo, a realidade de nossos aprendizes fosse a mesma. E então surgem os problemas na escola: indisciplina, desinteresse, irresponsabilidade, reprovação, pouca frequência, abandono… Instala-se o caos.
Os mestres não podem esquecer que influenciam e são influenciados; educam e são educados; são exemplos para seus discípulos. Que aluno valorizará a escola se não se sente atraído por ela, se não se vê como protagonista do processo educativo? Passei por diversos lugares pela região nestes dias que antecedem o início das aulas e, em algumas, devo confessar que fiquei frustrada imaginando-me aluna daquela escola. Como diz a música de Roberto Carlos “ tudo estava igual como era antes, quase nada se modificou”… Não se percebe que a escola está alegre para receber seus frequentadores. É quase véspera da chegada dos alunos e nem o pátio parece ter recebido reparos básicos para o início das aulas. Se o ambiente físico está assim, como estará o espírito dos professores? Será que recarregaram as energias, trazendo na bagagem inovações, criatividade para o recomeço? Vale a pena repensar…