A manhã de sol e de nuvens neste domingo (26) permitiu a observação do primeiro eclipse solar de 2017.
Por volta das 11h15min, ele atingiu seu ápice de visibilidade no sul do Brasil.
Em Criciúma, o céu encoberto não colaborou muito. Do Balneário Esplanada, o professor Luiz Carlos da Silveira, estudioso das matérias de astronomia, se deliciou com o espetáculo. “Claro, fazendo uso de vidros escuros e chapas de raio-x”, reforçou o alerta. A olho nu, observar o eclipse pode causar danos irreversíveis à retina.
“O eclipse, como esperávamos, começou às 9h47min, se estendendo até perto de 12h20min, e atingiu seu ápice pouco depois das 11 horas”, detalhou. Silveira disse que a previsão, de 53% de visual do eclipse para a região de Criciúma se confirmou. Do bairro Ana Maria, em Criciúma, Ronald Cipriani se empenhou para, ao seu modo, clicar o eclipse (foto abaixo). “Usei filtros em várias camadas para correção de luz. Muito bonito”, comentou.
Conforme informações do site Engeplus, das capitais do sul, Florianópolis alcançou 47% e Porto Alegre beirou os 56%. Da capital gaúcha, o fotógrafo Fernando Oliveira clicou alguns dos flagrantes, entre nuvens. Em diversas cidades de vários estados, grupos se reuniram para acompanhar o fenômeno.
“Não há diferença evidente na luminosidade do dia”, acentuou Silveira, que observou o fenômeno de Jaguaruna, com céu limpo. “Na Argentina, de Buenos Aires para o sul, a Patagônia tem eclipse total, mas não escurece totalmente, pois se trata de um eclipse anular, com a lua fazendo um anel interno na imagem que temos do sol”, enfatizou o especialista.
Em agosto, haverá o próximo eclipse solar, porém visível nos Estados Unidos totalmente e de forma parcial no norte e nordeste do Brasil.