Falar dos avanços tecnológicos virou rotina na vida do cidadão de qualquer parte do mundo, porque o progresso faz com que ininterruptamente surjam novos equipamentos no mercado objetivando melhorar a vida da humanidade, mas, atrelado a ele, muita sujeira fica pelo caminho, pois o lixo gerado, que por falta de políticas públicas, legislação adequada e comprometimento dos envolvidos (fabricante, vendedor e consumidor) tem trazido prejuízos irreparáveis à vida no planeta.
Discutir lixo eletrônico é discutir um problema mundial, pois paralelo ao progresso surgem os danos ambientais gerados pela forma inadequada do descarte, em especial aqui no Brasil, que ainda não resolveu nem o problema do lixo comum. Sabe-se que diariamente são despejados em aterros comuns celulares, baterias, rádios, pilhas, lâmpadas, televisores, computadores, refrigeradores, aparelhos de som, aparelhos elétricos, lâmpadas eletrônicas, enfim tantos outros que trazem na sua composição substâncias tóxicas e metais pesados que contaminam o solo e a água, trazendo danos irreparáveis à saúde humana. E o Brasil, de acordo com pesquisas divulgadas pela ONU (Organização das Nações Unidas), é o maior produtor de lixo eletrônico do mundo.
Em nível mundial é grande a preocupação, pois de acordo com o alerta divulgado no primeiro mapa global de lixo eletrônico lançado pelas nações Unidas: “Se a geração de e-lixo não for controlada, em 2017 o volume de resíduos eletrônicos no Planeta aumentará 33% e dará para encher 200 edifícios como o Empire State, nos EUA”. E pensar que substâncias como chumbo, níquel, cádmio, mercúrio, zinco e tantas outras que afetam a saúde do ser humano são componentes dos sofisticados equipamentos eletrônicos os quais usufruímos, descartamos na natureza, e pelo ciclo natural voltam a nós, mas de forma prejudicial. Pagamos um alto preço pelas comodidades do mundo moderno. É uma realidade preocupante, mas não podemos andar na contramão do progresso, porém é preciso buscar urgente uma solução para começar amenizar este grave problema da era tecnológica. Mas, por onde começar?
O caminho para toda mudança em qualquer parte do mundo é um só: EDUCAÇÃO. E quando falamos em educação falamos na escola da vida. É preciso que a humanidade aprenda a valorizar a vida, a respeitar o Planeta, a cuidar do que é seu para que as futuras gerações possam viver também. É compromisso de cada um. Tudo deve começar por cada um de nós usando conscientemente a tecnologia e cobrando das autoridades, fabricantes e vendedores suporte para que, como consumidores, encontremos a destinação certa para o lixo que produzimos pelo progresso.
O lixo é um problema do setor produtivo, do governo e de toda sociedade. Com leis rigorosas, produtores e vendedores responsáveis e consumidores conscientes é possível pensar num Planeta saudável. Equilibrando responsabilidade e obrigação entre todos os setores da sociedade é possível conviver saudavelmente com o progresso.