Primeiro latrocínio do ano chocou Criciúma
Crime marcado pela brutalidade chocou quem passou pela noite de ontem pela Rua Marechal Deodoro, no centro de Criciúma. A proprietária da floricultura Floriva, Iva Justino Marcolino, de 71 anos, foi assassinada no local de trabalho. O corpo foi encontrado por familiares por volta das 22h, num cômodo anexo à floricultura. Na cabeça da vítima havia marcas de golpes de uma machadinha.
Conforme matéria do Clicatribuna.com, a arma utilizada no crime foi localizada embaixo de uma cama, de acordo com a Polícia Civil. Foi o primeiro latrocínio registrado em Criciúma neste ano. Segundo o capitão Cleber Inácio, da Polícia Militar, os familiares acionaram o Samu assim que encontraram a mulher no chão da cozinha anexa à floricultura. Após constatar o óbito, a polícia foi acionada.
De acordo com o delegado João Loss, aparentemente, a dona da floricultura foi morta com golpes do cabo da machadinha. Perto do corpo havia marcas de sangue. A polícia ainda não tem informações se o crime foi praticado por uma ou mais pessoas.
Um crime silencioso
No hotel que fica ao lado da floricultura, os funcionários disseram que não ouviram gritos, nem outro tipo de ruído entre o final da tarde a noite de ontem. “Percebemos que havia acontecido algo quando uma das netas da dona da floricultura saiu do estabelecimento aos gritos após encontrar o corpo da avó no chão”, disse um funcionário que não quer ser identificado.
Ainda na noite de ontem, a PM seguiu em rondas por locais estratégicos à procura dos autores do latrocínio, já que o caixa do estabelecimento estava vazio. Também não foi feito o levantamento do valor roubado. A polícia acredita que o crime tenha ocorrido por volta das 18h30min, horário de fechamento da floricultura, que também funciona em esquema de plantão.
Dona Iva costumava ficar após o horário, acomodada num dos cômodos aos fundos do imóvel, localizado numa das áreas mais movimentadas do centro. Ela morava em um apartamento, mas passava mais tempo no local de trabalho, onde havia construído uma cozinha e dois quartos.
Comoção nas redes sociais
Clima de comoção tomou conta das redes sociais logo após a confirmação da morte de dona Iva. Para amigos, ela era considerada uma pessoa tranquila, de paz. Nunca estava de mal humor. “Uma mulher sempre para cima”. Assim descreve a radialista Adilamar Rocha em referencia à amiga de longa data.
Vítima ia falar sobre defuntos na rádio
Dona Iva era uma das mais antigas comerciantes no ramo de flores de Criciúma. Também foi a primeira pessoa a maquiar cadáveres para funerais. E era sobre este assunto que ela daria uma entrevista nesta sexta-feira, no programa da amiga Adilamar, mas ligou durante a tarde de ontem para a produtora do programa para desmarcar a entrevista. “Não sei o motivo de ela ter cancelado, mas era para estar nesta sexta-feira pela manhã no meu programa para falar das maquiagens que fazia para funerais. Estou chocada com essa brutalidade”, comentou Adilamar.
Mãe de três filhos, dona Iva era ex-mulher de Aderbal Machado, conhecido jornalista que, na década de 80, foi chefe de jornalismo da extinta TV Eldorado. O local e horário do sepultamento não haviam sido divulgados até às 2h21min.
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