Cultura

Documentários sobre trabalho infantil e políticas públicas são lançados

Foto: Samira Pereira

Foto: Samira Pereira

O trabalho infantil e as políticas públicas foram pauta, na noite desta quarta-feira, de um evento realizado na Abadeus, em Criciúma. Na oportunidade, foram lançados dois documentários feitos pelos alunos do projeto Ponto de Cultura Escolinha de Cinema, desenvolvido pela instituição com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, do Fundo da Infância e Adolescência (FIA) de Criciúma e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Além dos alunos envolvidos diretamente nas obras, familiares, autoridades e entrevistados também compareceram à cerimônia.

De acordo com a coordenadora pedagógica da Abadeus, Rodicelia Felipe, o projeto teve o objetivo de aproximar os alunos dos temas sociais e da realidade vivida não apenas na região, mas em todo o país. “A turma de Jovem Empreendedor Aprendiz, da nossa instituição, e os alunos do ensino médio da Escola de Educação Básica Heriberto Hulse foram os responsáveis pela elaboração dos documentários. Foram 10 meses de trabalho intenso. Durante este período, eles participaram de oficinas e atividades ligadas ao tema, criaram o roteiro, entrevistaram, editaram”, pontua Rodicelia.

Para a realização do trabalho, foram entrevistados profissionais que estão diretamente envolvidos com políticas públicas e erradicação do trabalho infantil. Um deles foi o advogado Sergio Graziano Sobrinho, que falou sobre maioridade penal.  “Foi sensacional. Conversamos por cerca de duas horas, trocamos ideias e experiências. Percebi que, quando chegaram, eles tinham uma ideia bem diferente sobre o assunto, com o tempo foram entendendo meu ponto de vista”, alega.

Conforme a diretora executiva da instituição, Shirlei Monteiro, além de aproximar os estudantes de temas tão relevantes, a atividade desenvolveu, neles, a oratória e a dicção. “Além disso, proparamo-os para o mundo, para um olhar crítico perante a sociedade. Enquanto vivermos em um país desigual temos muito trabalho a fazer. E é esta geração que fará a diferença se for devidamente conscientizada e estimulada”, enfatiza. 

Colaboração: Samira Pereira/Ápice Comunicação