Formado há um ano na Unesc fez projeto que pode resultar em parceria entre Brasil e Senegal.
Há um ano, o jovem Mouhamadou Moustapha Seydi Djamil vencia a temida banca e via aprovado seu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, qualificando-se à colação de grau em Administração de Empresas na Unesc. Ele, que veio do Senegal, dava um passo ali, a partir de Criciúma, para firmar uma parceria que pode gerar um negócio de até R$ 140 milhões entre seu país e Santa Catarina.
“Fizemos um levantamento na pesquisa do TCC visando reforçar as relações entre Brasil e Senegal, e vimos a necessidade que o meu país tem por arroz de qualidade. E aqui tem esse arroz”, conta Moustapha, fazendo menção ao seu professor e orientador, Tiago Colombo.
Projeto vai para o governador
A ideia prosperou a tal ponto que, nos próximos dias, ocorrerá em Florianópolis uma reunião intermediada pelo secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional de Criciúma – ADR, João Fabris, com o governador Raimundo Colombo. “Nosso povo do Senegal prefere o arroz importado, pois o arroz de lá é de baixa qualidade”, observa o estudante senegalês. Ele segue freqüentando a Unesc, agora como aluno de Pós Graduação em Finanças e Controladoria.
Além do arroz, a técnica
“Santa Catarina tem entre 8 e 10% da produção nacional de arroz. Disso, mais de 50% são do Vale do Araranguá. Exportamos para toda a África, mas para o Senegal ainda é incipiente”, comenta o professor Tiago Colombo, que acompanha Moustapha no trabalho.
O senegalês fez contatos em seu país, inclusive com autoridades ligadas ao governo, confirmando a viabilidade do projeto. A intenção é, além da parceria econômica, firmar um intercâmbio técnico. “Temos condições sim de ajudar o Senegal com a Epagri, a Unesc, com técnicas para que eles plantem arroz de mais qualidade”, aprofunda Colombo.
Exportação de destaque
“O Senegal quer o arroz do Brasil, mas também quer tecnologia”, cita Moustapha. O país africano estaria disposto a importar cerca de 120 mil toneladas do produto, chegando aos citados R$ 140 milhões de movimentação. “Este não é o primeiro caso recente de TCC que pode terminar em parceria econômica, mas é dos mais relevantes”, conclui Colombo.
Com informações do Portal Engeplus